Mesmo sem aglomeração, praias de Santos registram público sem máscara no feriado
Enquanto casos aumentam, infectologistas reforçam que uso do acessório é essencial para conter a disseminação da covid-19
Pouco movimento, mas muitos flagrantes de pessoas sem máscara. Foi assim a manhã desta sexta-feira (20), feriado pelo Dia da Consciência Negra, na faixa de areia da praia, na região do Gonzaga e Boqueirão, em Santos. O trecho costuma lotar de turistas e santistas em dias de folga. O dia, que amanheceu com sol, mas ficou nublado ao longo do dia, com direito a chuva no fim da tarde, espantou as pessoas.
Na faixa de areia, a maioria das pessoas que faziam atividades físicas sozinhas, como caminhadas ou corridas estavam usando o acessório, que é obrigatório na Cidade. Na areia, no entanto, a situação era contrária. Muitos dos que aproveitavam o dia na praia não usaram o acessório.
Apesar de não estarem aglomeradas, o infectologista Ricardo Hayden afirma que há muito risco em ficar sem a proteção. O médico diz que não para abrir mão de usar máscara, uma boa máscara, para se proteger, sendo essa uma das principais razões para que os números estejam voltando a crescer.
“Estamos todos cansados, mas não adianta, a pandemia não acabou. Vejo muitos falando em segunda onda que pode chegar ao Brasil, como na Europa. Não há segunda onda por aqui porque nós nunca saímos da primeira. Baixamos os números, mas continuamos tendo casos e mortes diárias”, disse.
Dos 375 mil veículos esperados para o feriado, pouco mais de 106 mil haviam descido a serra entre a meia noite de sábado e 15h45, segundo a Ecovias, que administra o trecho.
“É bom andar ao ar livre, mas sempre protegido. Ando preocupado com as fake news, que estão transformando casos isolados em regra. Isso é perigoso. A covid não nos deixou e é importante relembrarmos isso”, afirma o médico.
A Reportagem presenciou uma viatura da Guarda Civil Metropolitana circulando pela areia, mas não registrou abordagens. A Prefeitura de Santos disse que não registrou multas nesta sexta-feira e que a população pode fazer denúncias pelo telefone 153.
