Menina ‘empreendedora’ de 4 anos faz sucesso vendendo cookies em Santos

Bettina Cipriano convenceu a mãe a começar negócio em meio à pandemia para levar felicidade às pessoas e comprar boneca

Por: Marcela Ferreira  -  02/06/20  -  11:25
Bettina Cipriano, de quatro anos, decidiu abrir uma loja virtual de cookies em meio à pandemia
Bettina Cipriano, de quatro anos, decidiu abrir uma loja virtual de cookies em meio à pandemia   Foto: Fotos: Arquivo pessoal

Dentro de casa em meio à pandemia, a pequena Bettina Cipriano, de apenas quatro anos, teve a ideia de empreender junto com a mãe. Ela, que soube que as pessoas estavam ficando tristes por conta do coronavírus, pensou em vender algo que pudesse trazer alegria: Cookies. Os biscoitos tradicionalmente norte-americanos são o símbolo da felicidade para a pequena Bettina. E foi assim que surgiu a ideia da lojinha virtual, que faz sucesso em Santos.


Mãe de Bettina, a executiva de negócios Cristiana Cipriano, de 32 anos, entrou de cabeça na ideia da filha. Ela conta que a pequena pedia muitos brinquedos depois de assistir propagandas, e viu uma oportunidade de incentivar a filha a juntar dinheiro para comprar o que quisesse. “Sempre quis empoderar ela e ensinar a ter uma boa relação com o dinheiro. Tento ensinar que é importante trabalhar e ajudar as pessoas”, explica. 


“Ela disse que, se as pessoas estavam tristes em casa, a gente precisava vender cookies, porque ‘cookie é felicidade’. Eu perguntei qual seria o nome da loja e ela abriu os braços como se fosse um letreiro e disse ‘Cookies Real, porque a felicidade é real’ (risos)”, conta Cristiana.


Mãe e filha fazem os cookies em casa para vender pelo Instagram e entregá-los aos clientes
Mãe e filha fazem os cookies em casa para vender pelo Instagram e entregá-los aos clientes   Foto: Fotos: Arquivo pessoal

O objetivo da menina é vender cookies suficientes para ter dinheiro para comprar uma boneca grávida importada dos Estados Unidos e um tablet, mas a mãe diz que também pretende guardar uma parte do dinheiro. A loja, no Instagram, funciona há cerca de duas semanas.


O dinheiro usado para comprar os primeiros ingredientes e dar início à loja saiu do cofrinho de economias de Bettina. Cristiana diz ter pensado que a filha iria desistir da ideia por ter que usar suas economias. “Achei que ela fosse hesitar, mas ela concordou e falou que não tinha problema, porque ela iria encher três cofrinhos. Foi um espanto para mim, até me emociono porque eu sempre quis empreender. Então isso me encheu o coração, comprei as coisas, fiz os cookies, tiramos as fotos, e ela virou a minha chefe”.


As publicações feitas no Instagram passam pela aprovação de Bettina, que escolheu as cores e as roupas para as fotos. Além disso, foi dela a ideia de enviar, junto dos pedidos, cartinhas pintadas à mão para alegrar ainda mais os clientes.


Cliente chegou a guardar as cartinhas pintadas por Bettina, que são enviadas com os cookies
Cliente chegou a guardar as cartinhas pintadas por Bettina, que são enviadas com os cookies   Foto: Arquivo pessoal

No início, a dupla vendia apenas para amigos, mas quando partiram para as redes sociais, conquistaram muitos clientes. “Já fidelizamos clientes com os quais nunca tivemos contato antes, isso é muito legal. Teve um cliente que encomendou 70 cookies para presentar familiares e amigos”.


Cristiana diz que se diverte com a empreitada da filha, e que dessa forma, tenta educá-la financeiramente. “É muito gostoso descobrir que tenho uma filha empreendedora aos quatro anos e entrar nessa com ela é muito bom. É ver que no meio de tudo isso tem uma esperança. As crianças são nosso futuro e eu tenho certeza que ela não é a única que está por aí surpreendendo os pais dentro de casa nesse período”, finaliza.



Logo A Tribuna
Newsletter