Jovem de Santos que venceu a leucemia está prestes a se tornar médico

História de Porthinhos foi divulgada por A Tribuna; na época ele venceu a doença duas vezes e passou por transplante

Por: ATribuna.com.br  -  28/04/24  -  07:20
Porthinhos já está fazendo o estágio final do curso de medicina
Porthinhos já está fazendo o estágio final do curso de medicina   Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma década após ter vencido a leucemia, Porthos Martinez, de 24 anos, está prestes a se formar em Medicina pela Universidade São Judas Tadeu, em Cubatão. Faltam menos de seis meses para que o jovem, de Santos, possa seguir os passos daqueles que o inspiraram com o cuidado dedicado em sua infância. Nesta fase final, Porthinhos, como era conhecido, passa por estágio eletivo no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde compartilha rotinas com médicos que cuidaram dele naquela unidade.


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Nas redes sociais, o jovem estudante se orgulha por estar superando mais um desafio. “Em 2019, no primeiro dia de aula, me perguntei se eu era capaz. Sempre tive que lidar com vários desafios durante o curso e, consequentemente, mostrei para mim mesmo que sou resiliente, dedicado e forte”, publicou.


Porthos afirma ter como objetivo se “especializar em hematologia (estudo e tratamento de doenças do sangue e de órgãos onde se formam as células sanguíneas), mas, primeiramente, tenho que realizar residência de clínica médica. Resumidamente, quero salvar vidas, assim como salvaram a minha um dia.”


Porthos venceu a leucemia duas vezes e passou por um transplante de medula óssea em 2014. Ficou mais de nove meses internado no Albert Einstein. Hoje, ele retorna todos os dias à unidade para aprender a cuidar de pessoas e retribuir, por meio delas, o tratamento que recebeu.


Na unidade, ele encontra pelos corredores quem um dia cuidou dele e o inspirou. A oncologista pediátrica Alessandra Prandini Azambuja foi uma das médicas responsáveis pelo tratamento dele na infância. Ao encontrá-lo no hospital, fez com ele uma foto: “Ontem encontrei com ele, que foi nosso paciente querido, e agora nosso futuro colega de profissão! Sua dedicação e garra nos deixam muito felizes. Poder fazer parte da sua formação é uma honra!”


Questionado sobre o sentimento de estar realizando o sonho de ser médico ao lado de quem o inspirou, Porthos afirma que nunca esteve tão feliz. “É um sentimento incrível aprender com todos eles. Tenho uma gratidão enorme.”


Á esquerda, Alessandra e Porthinhos; à direita, o jovem quando havia acabado de realizar o transplante de medula em 2014
Á esquerda, Alessandra e Porthinhos; à direita, o jovem quando havia acabado de realizar o transplante de medula em 2014   Foto: Reprodução/ Redes Sociais/ Carlos Nogueira

Memória e futuro
Durante o tratamento do jovem, a história dele foi amplamente divulgada por A Tribuna e gerou intensa mobilização de família e amigos, que serviu para conscientizar pessoas sobre a importância da doação de medula óssea.


Hoje, ele se diz bem de saúde, em meio a um misto de felicidade e ansiedade. “É uma experiência indescritível. Estou extremamente feliz em poder trabalhar futuramente na área médica. Estou ansioso para começar a trabalhar e feliz por poder salvar vidas. Gratidão a minha família, amigos e a todos que fazem parte da minha caminhada”, afirma.


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