Incêndio em Santos destrói local de trabalho de confeiteira antes da Páscoa e família pede ajuda

Um fogo que se alastrou de repente e virou a vida de uma confeiteira de São Vicente de cabeça pra baixo. Mariana Cavalcante dos Santos, de 25 anos, fazia seus doces em um espaço na casa da mãe, no morro da Vila Progresso em Santos. O local, no último domingo (24), pegou fogo.

A jovem sempre gostou de trabalhar com doces e, em 2013, começou a vender para as pessoas mais próximas, quando ainda tinha 15 anos. Ela trabalhava registrada, e via os doces como uma renda extra, mas sem o pensamento de que um dia poderiam ser sua forma de sustento.

Até que, em 2020, durante a pandemia, Mariana foi demitida. E foi então que ela passou a dedicar-se totalmente aos doces. A confeiteira precisava de um espaço para trabalhar, e passou a utilizar uma parte da casa da mãe, Ana Célia Roque Cavalcante. Nesta semana, porém, após quatro anos no local, um incêndio fez Mariana perder tudo, inclusive as embalagens das encomendas dos ovos de Páscoa.

O incêndio

Para a redação de A Tribuna, Mariana contou que, no último domingo (24), ela e a mãe estavam fora de casa e, foram à casa da doceira, em São Vicente. Após um tempo juntas, a mãe decidiu voltar para casa. Ela lembra que ainda ficou conversando com uma vizinha em uma praça, que fica na frente à residência, e foi então que perceberam a fumaça preta saindo pela janela. Ana passou mal e não conseguiu avisar Mariana, que acabou sabendo por um vizinho.

Por conta do desespero, a reação das pessoas foi de jogarem água imediatamente, e, mesmo sendo uma atitude arriscada, o fogo acabou controlado. Não havia ninguém na casa, um sobrado e, graças à ação rápida dos vizinhos antes da chegada dos bombeiros, o fogo ficou somente no andar de cima, onde ficava o estoque das mercadorias usadas por Mariana, e também o local onde fazia os doces.

A confeiteira relatou que, ao chegar, encontrou os vizinhos tentando tirar a água que estava dentro da casa, e percebeu o andar de cima todo queimado. “A minha reação foi uma imediata preocupação com a Páscoa, mas ao mesmo tempo um alívio por ninguém ter se machucado. Eu perdi todas as embalagens que comprei com antecedência (em janeiro), sendo que muitas delas já estavam montadas”, disse.

Ela disse, ainda, que perdeu a máquina de lavar, o aparelho de ar-condicionado (essencial na produção da Páscoa, por conta do chocolate), televisão e até a cama. Sobre alguns dos eletrodomésticos que restaram, a família ainda não sabe se estão funcionando, pois ainda não conseguiram testar. “De material infelizmente não conseguimos salvar muita coisa. O que não queimou, molhou ou ficou coberto pela fumaça e fuligem.”, conta Mariana.

Sobre as embalagens perdidas, ela precisou ir atrás de outras, e conseguiu. Não são iguais às que havia comprado, mas outras que poderá utilizar. ‘O que importa é que deu certo, meus clientes entenderam, e acima de tudo sabem que independente de embalagem, a qualidade dos ovos será a mesma, ou até melhores.”, explicou.

Como ajudar

Para refazer seu espaço com os itens que perdeu, a cunhada e a vizinha de Mariana tiveram a ideia de criar uma vaquinha online. A meta é arrecadar R$20 mil e, se sobrar, a doceira vai ajudar outras pessoas que também precisam. Atualmente a vaquinha está em R$ 9 mil.

Para ajudar, basta clicar aqui.