O Santos Futebol Clube demonstrou, oficialmente, o interesse em assumir a gestão do Museu Pelé. A Prefeitura, por sua vez, estuda a possibilidadedepassar a administração do local para a iniciativa privada.“Não posso garantir que vai passar para o Santos. O que tem é uma carta de intenção do presidente (José Carlos Peres) encaminhada ao prefeito (Paulo Alexandre Barbosa), propondo uma administração em conjunto”, explica o secretário municipal de Turismo, Odair Gonzalez.
Uma outra empresa, que não teve o nome revelado, sondou a Prefeitura recentemente sobre a possibilidade de ficar responsável pelo local, mas não fez uma proposta oficial.
Porém, a Administração Municipal ainda não deu início a nenhum acordo. As possibilidades são: aceitar a proposta do Santos FC para uma gestão compartilhada, abrir licitação para que outras empresas privadas demonstrem interesse ou a gestão continuar a ser feita pelo Poder Público.
“Eu acho que uma parceria é boa. Seja com o Santos ou com a empresa que for. Vejo que, quando você tem a iniciativa privada para administrar algo que pode ser rentável, ela é muito mais competente por diversos motivos, como a agilidade. O poder público é muito travado, tem muita regra”, avalia Gonzalez.
Em nota, o Santos FC confirma estudar a possibilidade de administrar o Museu Pelé. “Mas até o momento não há qualquer iniciativa concretizada”, afirma.
Histórico
O Museu Pelé abriu as portas em 15 de junho de 2014, sob a administração da AMA Brasil, uma organizaçãode desenvolvimento cultural e preservação ambiental (Oscip).
Em 2015, quando o presidente do Santos era Modesto Roma Junior, o clube acenou com a possibilidade de assumir o museu. A AMA Brasil passava por dificuldades financeiras e o equipamento era deficitário. O acordo, entretanto, não saiu.
Em 2016, foi a Prefeitura que assumiu a administração, mas sem a parceria do Santos FC.
No ano seguinte, o poder público apresentou a empresa Mundo Desportivo, que montaria um novo projeto para expor as mais de duas mil peças do rei do Futebol. Apesar das conversas, o acordo não foi formalizado.
O número de visitantes vem crescendo. Segundo a Secretaria de Turismo, foram 38.253 em 2017 e 45.524 em 2018. Até o fim de março deste ano, 12.658 pessoas estiveram no local.