Campeã Unidos dos Morros faz a festa na Nova Cintra
Integrantes da escola de samba comemoram título do carnaval santista na quadra da agremiação
A quadra da Unidos dos Morros, na Nova Cintra (Avenida Prefeito Antônio Manoel de Carvalho, 2.562), ficou lotada para a festa na noite desta terça-feira (18). O samba não parou um minuto sequer, nem os gritos de 'é campeã'. Torcedores e integrantes da Unidos não cansavam de levantar a taça, cantar, dançar e se emocionar com o título.
Com o enredo 'A Beleza de Ser um Eterno Aprendiz', contando a história do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps) de Santos, a escola Unidos dos Morros ganhou o título do Grupo Especial do carnaval santista. A comemoração na colina não tinha hora para terminar.
A agremiação somou 179,6 pontos, ficando à frente da União Imperial, com 179,1, e da X-9, terceira colocada com 178,9. No mesmo grupo, com 176 pontos, a Vila Mathias foi rebaixada para o Grupo de Acesso.
Integrantes comemoram
“Hoje a escola está em festa. Eu fico emocionado, porque a escola homenageou o Camps e eu fui patrulheiro em 1987 e 1988. A Unidos veio linda. Todas fizeram um bom carnaval, mas a comunidade do morro veio com tudo para o título”, diz Edy Santos, morador do Morro São Bento.
Não faltaram pessoas como ele na quadra, que sentiram emoção dupla. “É um sonho realizado, fruto de muito trabalho. Eu desfilo na escola desde os 16 anos. Desta vez, uni duas paixões, porque fui patrulheira do Camps. Desfilar é bom, mas se contar um pouco da história da sua vida, é ainda melhor”, afirma Andressa Soares, de 39 anos, moradora do Monte Serrat
A aposentada Ilva Vieira dos Santos, de 70 anos, também foi comemorar. Moradora do Gonzaga, desfilou pela primeira vez na Unidos dos Morros. “Ganhar o título foi excelente, maravilhoso. Mas desde que eu pisei na escola, nos ensaios, eu percebi a organização, o empenho. Foi merecido, arrepia demais”.
Outra que desfilou foi a aposentada Helena Santos Bueno, de 67 anos. “Estou muito emocionada, foi muito lindo, eu tinha certeza que seria campeã. E tenho pique, não tem hora para ir embora da quadra. Se precisasse ir para a passarela e desfilar de novo agora, eu faria. E com muita alegria”.
A cozinheira Flávia Oliveira, de 38 anos, foi chefe de ala da escola do coração. “Já desfilo há um bom tempo e é uma emoção indescritível entrar na avenida. Ver o empenho, o esforço de toda a comunidade, de cada componente, é maravilhoso”, diz a moradora do Morro São Bento.
