Buscas pelas cinco vítimas soterradas no Morro São Bento, em Santos, chegam ao quarto dia

Bombeiros e comunidade montaram uma especie de escada, com ripas de madeira, na encosta - bem no sentido da casa da família soterrada

Por: Matheus Müller  -  05/03/20  -  17:06
Atualizado em 05/03/20 - 17:32
Bombeiros e comunidade montaram uma especie de escada, com ripas de madeira, na encosta
Bombeiros e comunidade montaram uma especie de escada, com ripas de madeira, na encosta   Foto: Matheus Tagé/AT

As buscas pelas cinco vítimas soterradas no Morro São Bento, em Santos, chegam ao quarto dia, o segundo de sol. O tempo tem sido crucial no avanço dos trabalhos. "Conseguimos chegar em pontos de terra mais firme, de terra mais escura. Possivelmente, do solo da residência", diz o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo. O capitão ressalta o trabalho cuidadoso justamente para não provocar mais deslizamentos ou mover a casa de forma que possa acabar com qualquer 'célula de sobrevivência' em que esteja a família".


Ele explica que a área de trabalho foi indicada por um cão farejador. "Essa talvez seja a área mais difícil entre os deslizamentos, por ser tão íngreme. É uma operação estratégica. Esperamos chegar a algum ponto para localização de vítimas". 


Os bombeiros e comunidade montaram uma especie de escada, com ripas de madeira, na encosta - bem no sentido da casa - ao mesmo tempo que cavam, começam a surgir objetos, como roda de bicicleta e outro materiais retorcidos.


Voluntário na busca pelos soterrados, o motorista Odair Cristo conta que já enxergam a estrutura da casa. "Primeiro achamos o banheiro, que esta mais pra cima. Muita lama no local, infelizmente não achamos nada, nem um bolsão de ar. Agora vamos passar para os demais comodos"


Segurança


O capitão Marcos Palumbo explica que há um profissonal sempre de olho no topo da encosta para qualquer movimentação de terra e pedras. 


"Estão rolando algumas pedras. Um homem fica com o apito na boca e, em sinal de movimento, um apito significa que é para parar, dois para voltar e três é para deixar o local pela rota de fuga"


Lona


Palumbo ressaltou que, atentos a previsão de chuva à tarde, foram colocadas lonas na encosta sobre a laje para evitar o encharcamento de terra e a interrupção dos trabalhos.


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