O movimento Meia Porta, que crítica o retorno do horário limite de funcionamento para empresas, ganhou força em Santos nos últimos dias após a decisão do Governo de SP de fazer a Baixada Santista retornar à Fase Amarela no plano São Paulo.
Idealizado por empresários da região, a ação já mobilizou mais de 30 comércios do ramo alimentício e está sendo apoiada por milhares de internautas.
Em conversa com ATribuna.com.br neste sábado (5), o empresário Arthur Veloso, de 32 anos, falou sobre o movimento. "Surgiu nesta semana mesmo, ele é completamente independente. Foi feito por pessoas do ramo que estão desgostosos de tudo que está acontecendo".
Arthur conta que a situação está complicada desde março - início da pandemia - e as empresas não contaram com nenhum benefício do governo. Segundo ele, os impostos que ainda não aumentaram serão reajustados.
Mesmo com todas as dificuldades de funcionamento, o empresário garante que a ação é focada apenas para brecar o retorno do horário limite de funcionamento. "A gente deixa claro que nossa demanda é apenas contra a restrição de horário, somos super a favor da restrição de capacidade nas casas, das exigências sanitárias que existem e todos os outros métodos que garantem a segurança da população".
Segundo o empresário, a ideia de reduzir o horário só vai gerar mais aglomeração nos locais. Veloso dá o exemplo das eleições, que teve o horário de votação estendido para não gerar aglomeração.
Com todas essas dificuldades, Arthur conta que está sendo difícil manter o funcionamento das casas. "O nome Meia Porta vem disso, é que ela está fechando e quem está segurando é justamente os colaboradores, donos e fornecedores que estão fazendo o possível e o impossível para manter as casas ativas", finalizou.
Resposta
Em contato com ATribuna.com.br, a Prefeitura de Santos confirmou estar ciente das reclamações dos comerciantes e está trabalhando para resolver o assunto.