Respiradores chegam à Baixada Santista até domingo

A Baixada Santista receberá respiradores até domingo (31) para ampliar a oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19. A confirmação aconteceu no dia em que 15 prefeitos de regiões metropolitanas (entre elas Santos) mais a Capital foram levar ao Governo do Estado o plano regional de retomada econômica.

A informação sobre os respiradores foi prestada pelo prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

A distribuição dos equipamentos será feita pelos prefeitos, conforme a disponibilidade de leitos por cidade. A quantidade a ser enviada à região, no entanto, não estava definida até o fechamento desta edição. Pediram-se 137.

O Governo de São Paulo recebeu nesta terça (27), 333 respiradores importados. Desses, 133 vieram da China e 200 da Turquia. No total, já são 443 respiradores adquiridos pelo Estado e 150 ventiladores de transporte doados pelo Ministério da Saúde. Os equipamentos permitirão a abertura de novos leitos em todo o Estado.

“Estes respiradores são decisivos no processo de ampliação de leitos e no tratamento de pacientes graves de Covid-19. O Governo do Estado agiu rapidamente e adquiriu equipamento em tempo hábil para a assistência da população”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A quantidade de leitos é um dos critérios que serão considerados em uma possível flexibilização.

Segundo Paulo Alexandre Barbosa, a taxa de ocupação de leitos de UTI e a quantidade de casos também são fundamentais para novas medidas a tomar.

“Devemos respeitar as diretrizes do plano, mas cada prefeito terá autonomia para observar o que está de acordo com a sua realidade e implementar essas medidas nas cidades. Sempre defendi essa desvinculação do Governo do Estado. Não teria sentido a gente ter uma regra geral, sendo que cada um tem uma realidade.”

Em Santos, a reativação da economia terá seis fases e está prevista para começar na próxima segunda-feira. A flexibilização passará de uma fase para outra conforme a manutenção de indicadores referentes à doença na cidade. 

“Se os números forem mantidos, a gente consegue implementar três fases no período de 45 dias. Senão, nós retrocedemos”, explica Paulo Alexandre.

O prefeito lembra, ainda, que as pessoas terão papel fundamental para que a flexibilização aconteça.

“Isso depende da participação da população. É um compartilhamento da responsabilidade. As pessoas sabem o que precisam fazer, e essa conduta é importante para funcionar, como a utilização de máscaras e a manutenção da higienização das mãos. Nós, certamente, termos um novo normal daqui para a frente.”

Números

Segundo o prefeito, Santos já aplicou mais testes do que o estado de Minas Gerais e esse tipo de informação deve ser levada em conta.

“Quantos mais testes feitos, mais casos são confirmados. Sem testes, sem verdades. Vamos repetir os acertos de medidas adotadas no mundo e corrigir os erros.”