Projeto de lei quer proibir a construção cavas subaquáticas no Brasil

Atualmente, existem apenas duas estruturas como essa no País: uma no porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro, e outra ao lado do mangue, no Largo do Casqueiro, em Cubatão

Por: De A Tribuna On-line  -  08/06/19  -  23:14
Assembleia Legislativa recebeu representantes da Cetesb para esclarecimentos sobre cava subaquática
Assembleia Legislativa recebeu representantes da Cetesb para esclarecimentos sobre cava subaquática

Um projeto de lei, de autoria da deputada Rosana Valle (PSB-SP), quer proibir a construção de novas cavas subaquáticas em oceanos, rios, lagos, lagoas e estuários em todo o território nacional. A propositura foi protocolada pela parlamentar, nesta semana, na Câmara. O projeto de lei vai segue para análise de comissões técnicas do Congresso Nacional.


Os equipamentos são utilizados para abrigar resíduos sólidos tóxicos, dragados de áreas contaminadas por poluentes e metais pesados nocivos à saúde. Atualmente, existem duas estruturas como essa em operação no Brasil: uma no porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro, e outra ao lado do mangue, no Largo do Casqueiro, em Cubatão.  


Na Baixada Santista, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), licenciou mais duas cavas que ainda não foram ativadas, ambas em Cubatão. A cava do Largo de Casqueiro, com 400 metros de diâmetro e 25 metros de profundidades, está quase cheia de sedimentos retirados pela dragagem do canal de acesso que dá acesso a portos privados próximos.


Preocupados com o risco de um acidente ambiental no estuário de Santos, ambientalistas e o Ministério Público, contestam a instalação das cavas. No entanto, a empresa responsável pela construção e manutenção do equipamento e a Cetesb, dizem que não há perigo e que atendem as normas internacionais de segurança.


“Queremos evitar que tragédias ambientais aconteçam. No caso da Baixada Santista seria um acidente irremediável para a vida marinha, e catastrófico para a saúde das pessoas e para a economia da região. Segundo apurei com especialistas, o perigo se dá por conta da movimentação das marés, ventos e outros fatores que fogem ao controle do homem", disse a pessebista.


"Outro absurdo é que a construção desses buracos imensos, se dá em áreas de domínio da União, onde é legalmente proibida a disposição de poluentes. As cavas não são projetos sustentáveis, na medida que deixam um enorme passível ambiental para gerações presentes e futuras ’’ emendou Rosana.


Rosana Valle fez apresentação do projeto na Câmara de Santos
Rosana Valle fez apresentação do projeto na Câmara de Santos   Foto: Assessoria de Comunicação/Rosana Valle

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