Privatização dos serviços de balsa no litoral paulista é discutida por estado e FGV

Representantes da Fundação Getulio Vargas e Governo de São Paulo buscam modelo ideal para a entrega das travessias à iniciativa privada

Por: Eduardo Brandão  -  27/01/20  -  21:57
Imagem ilustrativa - Travessia entre Santos e Guarujá ganhará reforço de duas balsas neste Verão
Imagem ilustrativa - Travessia entre Santos e Guarujá ganhará reforço de duas balsas neste Verão   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Técnicos da Secretaria de Estado de Logística e Transporte e da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizaram, nesta segunda-feira (27), a primeira reunião de modelagem econômica do sistema de travessia marítima paulista. A etapa é preliminar à futura concessão dos serviços à iniciativa privada. A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é que uma empresa particular passe a operar no litoral na próxima temporada de verão.


A novidade foi comentada pelo titular da pasta, João Octaviano Machado Neto, nesta segunda, durante visita à região. Conforme A Tribuna adiantou no fim do ano passado, a FGV foi contratada para nortear a concorrência pública.


O estudo vai indicar, por exemplo, se o atual sistema comporta mais de uma operadora atuando nos oito pontos de travessia. Apesar dos investimentos para a reforma da frota marítima, Machado Neto assegura que os trabalhos para a concorrência pública de privatização do sistema “estão andando”.


Ele afirma que, nos próximos meses, deve ser finalizada toda a “estrutura legal” para a publicação do edital. A previsão é que o texto seja concluído ainda nesse semestre.


Promessa de campanha do governador João Doria (PSDB), a desestatização do serviço é apontada pelo político como forma de melhorar o sistema e modernizar a frota. “O governador quer que a gente tenha no verão de 2021 o sistema já privatizado e o sistema operando com o agente privado”.


Histórico


A concessão do serviço à iniciativa privada começou a ser pavimentada em setembro passado. Na ocasião, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou a extinção da Dersa, estatal de desenvolvimento rodoviário que está no centro de um escândalo de corrupção de governos tucanos e responsável pelas travessias paulistas. Machado Neto garante que o processo de desmonte da empresa paulista terá início após o verão.


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