Técnicos da Secretaria de Estado de Logística e Transporte e da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizaram, nesta segunda-feira (27), a primeira reunião de modelagem econômica do sistema de travessia marítima paulista. A etapa é preliminar à futura concessão dos serviços à iniciativa privada. A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é que uma empresa particular passe a operar no litoral na próxima temporada de verão.
A novidade foi comentada pelo titular da pasta, João Octaviano Machado Neto, nesta segunda, durante visita à região. Conforme A Tribuna adiantou no fim do ano passado, a FGV foi contratada para nortear a concorrência pública.
O estudo vai indicar, por exemplo, se o atual sistema comporta mais de uma operadora atuando nos oito pontos de travessia. Apesar dos investimentos para a reforma da frota marítima, Machado Neto assegura que os trabalhos para a concorrência pública de privatização do sistema “estão andando”.
Ele afirma que, nos próximos meses, deve ser finalizada toda a “estrutura legal” para a publicação do edital. A previsão é que o texto seja concluído ainda nesse semestre.
Promessa de campanha do governador João Doria (PSDB), a desestatização do serviço é apontada pelo político como forma de melhorar o sistema e modernizar a frota. “O governador quer que a gente tenha no verão de 2021 o sistema já privatizado e o sistema operando com o agente privado”.
Histórico
A concessão do serviço à iniciativa privada começou a ser pavimentada em setembro passado. Na ocasião, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou a extinção da Dersa, estatal de desenvolvimento rodoviário que está no centro de um escândalo de corrupção de governos tucanos e responsável pelas travessias paulistas. Machado Neto garante que o processo de desmonte da empresa paulista terá início após o verão.