Família acusa hospital de negligência após jovem ter corpo tomado por manchas: 'Irmã Dulce é triste'

Rafaele de Almeida Santos, de 19 anos, foi internada para tratar de um cisto em seu peito. Familiares alegam que medicamentos utilizados no hospital de Praia Grande causaram intoxicação na paciente

Por: Thiago D'Almeida  -  13/02/21  -  15:42
Rafaele segue internada no Hospital Irmã Dulce
Rafaele segue internada no Hospital Irmã Dulce   Foto: ( Arquivo Pessoal)

Uma jovem de 19 anos está internada no Hospital Irmã Dulce desde a última quinta-feira (11) com uma forte intoxicação que a família alega ter sido causada por negligência médica. De acordo com a mãe, Osvaldete Lopes de Almeida Santos, a estudante Rafaele de Almeida Santos foi medicada com antibióticos que causaram o surgimento de várias manchas por todo o corpo.


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Entre idas e vindas hospitalares, o drama de Rafaele começou no último dia 5, quando foi levada pela mãe a um médico vascular (particular) na cidade de Santos, que indicou a internação por conta do aparecimento de um cisto em seu peito. Foi então que a família decidiu levá-la ao hospital da cidade onde mora, Praia Grande.


“O cisto drenou sozinho logo no primeiro dia [de internação]. Mas ela continuou internada para fazer outros exames, assim poderiam ter certeza de que não havia mais algum cisto ou resquícios dentro do peito dela. Durante quatro dias, a medicaram com clindamicina e rocefin, antibióticos que causaram reação alérgica fortíssima nela”, diz a mãe.


Pouco depois, na última terça-feira (9), recebeu alta, já que o “problema do cisto estava resolvido” mesmo com as manchas e conhecimento da reação alérgica. “Pensei que, pela alta, o problema não fosse tão grave, mas estava errada”, relata.


"Antes e depois" da intoxicação de Rafaele   Foto: ( Arquivo Pessoal)

Dois dias depois, em casa, foi notada uma piora nas manchas pelo corpo da jovem, que novamente foi levada a outra consulta particular, desta vez, em Praia Grande. A médica que a atendeu explicou o caso e disse que se tratava de uma intoxicação [alergia grave] e alertou para o risco de parada cardiorrespiratória. Osvaldete contou que retornou com a filha ao Irmã Dulce imediatamente.


“Ela segue internada, sem previsão de alta ou quando as manchas vão sumir”, desabafa. “Não sei o que faço, estamos na enfermaria. Aqui, não temos como tomar banho, já que o banheiro está quebrado. Para isso, você precisa sair do quarto, mas minha filha não consegue sequer andar direito por conta da intoxicação por erro médico. O hospital Irmã Dulce é triste”.


Osvaldete explicou que a filha nasceu com malformação congênita causada pela síndrome de Proteus, uma doença genética rara caracterizada pelo crescimento excessivo e assimétrico dos ossos. No caso de Rafaele, foi necessária a amputação do pé direito.


A equipe de ATribuna.com.br entrou em contato com a assessoria do hospital, mas, até o momento de publicação desta reportagem, não recebeu uma reposta sobre o ocorrido.


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