Obras em residências podem ser realizadas sem transtornos

Intervenções em imóveis e nas calçadas não precisam se transformar em dor de cabeça; planejamento é algo importante nesse desafio

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  13/07/19  -  01:32
Obras do Ambesp Central de Santos devem ser concluídas em outubro
Obras do Ambesp Central de Santos devem ser concluídas em outubro   Foto: divulgação/ Prefeitura de Santos

Quando alguém diz que está com obras em casa, muitas vezes até recebe um olhar de dó. Só a palavra já assusta, mas obra não precisa ser sinônimo de dor de cabeça. Planejamento e informação antes de contratar os profissionais são as dicas de especialistas.


Planejamento é palavra-chave, principalmente a quem quer ambientes modificados para alguma data especial. O ideal para mudanças simples é começar o serviço com três meses de antecedência – contando que todos os prestadores cumpram os prazos, diz a arquiteta, urbanista e designer de interiores Layla Ferreira.


“Eu, por exemplo, só inicio uma obra quando o cliente já comprou revestimento, fechou com empreiteiro e tem data de entrega dos móveis e equipamentos de iluminação”.


Documentação


Outra necessidade é a documentação necessária para não sofrer interrupções por fiscais. Quem mora em apartamento deve entregar ao síndico o Registro de Responsabilidade Técnica (RRP), no caso de arquiteto, ou Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), no caso de engenheiro. Se não há profissional responsável pelo projeto, dificilmente alguém se encarrega depois pela obra.


“O síndico é responsabilizado civilmente em caso de qualquer problema ou acidente com a obra, por isso pede esses documentos. Já quando o cliente tem o documento, quem assina fica responsável durante e cinco anos depois da entrega”.


Apesar de muita gente desconhecer a regra, não se trata de algo novo, garante Frederico Marins, arquiteto, urbanista e diretor de Patrimônio e Obras da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos.


“Uma grande tragédia no Rio de Janeiro em 2012, a queda do edifício Liberdade, com várias mortes, demandou maior rigidez nas normatizações. Em 2014, a Associação Brasileira de Normas Técnicas [ABNT], faz a primeira edição da Norma Brasileira para Reforma em Edificações”.


Notificação


Quem apenas muda cores de paredes não precisa disso. Mas, em Santos, por exemplo, além desse documento, a prefeitura pede para ser informada das alterações nos imóveis.


Troca de revestimentos internos ou externos em até dois andares sem alteração na fachada, pintura de prédios sem uso de andaime ou tapumes, reparos e pavimentação de passeios em geral, reparos e substituições de telhas, manutenção de instalações e gradis precisam ser informados.


Para serviços que vão além disso, é preciso levar um documento assinado por engenheiro ou arquiteto.


Calçadas


Cada município tem sua lei que obrigam oradores a cuidarem de suas calçadas. Apesar da responsabilidade, não é possível fazer o que der vontade. No momento da consulta, as prefeituras orientam como executar o serviço em ordem.


Em Santos, se a pessoa quiser alterar a guia rebaixada, ampliar, diminuir ou mudar rampa de local sem mexer com muro e portão, basta ir no Poupatempo (Rua João Pessoa, 246 - Centro). Já se houver alteração da guia e abertura de garagem, é preciso levar também um projeto arquitetônico.


Logo A Tribuna
Newsletter