Maitê Arcanjo, de apenas 3 meses, está internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, Litoral de São Paulo. Segundo a mãe, Jessica de Carvalho, a menina sofre com pneumonia e bronquite, e aguarda por transferência para um hospital especializado desde o último domingo (21).
Jessica disse à reportagem de A Tribuna que o serviço na unidade de saúde tem deixado a desejar. "Minha filha já tinha passado três vezes na UPA, as médicas não solicitavam nenhum (exame de) raio-X, só medicavam e davam alta. No domingo (21), voltamos lá e outro médico finalmente pediu. Descobrimos que ela estava com pneumonia".
Enquanto a recém-nascida aguarda pela transferência, a família enfrenta outros problemas. Entre eles, a superlotação, questões de higiene e falta de materiais. "Eles não têm vagas para outras crianças, está tudo lotado. Alguns estão até em macas no meio do corredor, porque as salas estão cheias", relata.
"Além disso, os banheiros de internação não tem água quente e estão imundos, sem condições de uso. Também não há nenhum saquinho para forrar a banheira dos bebês, nem lençóis suficientes, leite ou fralda", conclui.
Em nota, a Prefeitura de Itanhaém informou que a criança se encontra em quadro estável e aguarda a liberação de leito de enfermaria para transferência via Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (SIRESP), visando dar continuidade à antibioticoterapia. Nestes casos de internações prolongadas, a solicitação de transferência é feita por meio do sistema de regulação estadual.
Em relação às demais questões, o órgão esclareceu que normalmente as fraldas são providenciadas pela família da criança, de acordo com o padrão de utilização. No entanto, caso não seja possível, a unidade disponibiliza fraldas para uso durante o período de internação.
Quanto aos lençóis, a administração da unidade garante possuir quantidade suficiente para atendimento e, se necessário, pode solicitar mais unidades ao almoxarifado.
Em relação à água quente para banho das crianças, a Prefeitura nega, uma vez que o aquecimento do banheiro destinado a este fim "está funcionando normalmente".
O município conclui ressaltando que, devido à idade da criança, é recomendado que a alimentação seja feita exclusivamente com leite materno, pois a unidade fornece apenas leite integral.