Prefeito de Mongaguá reforça atuação política para obter verbas

Márcio Cabeça (Republicanos) destaca recursos estaduais e federais que chegaram ao Município

Por: Sandro Thadeu  -  25/12/21  -  07:01
Prefeito falou sobre a pandemia da covid-19 e os avanços obtidos ao longo de 2021
Prefeito falou sobre a pandemia da covid-19 e os avanços obtidos ao longo de 2021   Foto: Matheus Tagé/AT

Reeleito em 2020, o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça (Republicanos) destacou o trabalho político que vem realizando para trazer emendas parlamentares e recursos federais e estaduais ao Município. O chefe do Executivo enviará no próximo ano um projeto de lei para atrair distribuidoras para a Cidade a fim de gerar mais empregos e entregará também em 2022 a obra do Centro de Fisioterapia, em Agenor de Campos. Confira os principais trechos da entrevista a seguir.


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Qual a avaliação que o senhor faz deste primeiro ano de gestão neste segundo mandato?


Apesar de todos os problemas causados mundialmente pela covid-19, que desestabilizou a economia e afetou os comerciantes, que foram obrigados a fechar as portas, acredito que o balanço foi positivo pelo que projetamos para Mongaguá. A Cidade conseguiu avançar na realização de obras, como as de drenagem e pavimentação de ruas. Somos o Município com o menor orçamento da região metropolitana, mas conseguimos fazer com que as coisas andassem. Entregamos obras importantes e diferenciadas, após trabalharmos para isso. Foi um ano complicado por causa da covid-19 e colocamos 34% dos nossos recursos na área da saúde, o que comprometeu o investimento em outros setores. Algumas empresas importantes vieram para Mongaguá, como a Vestcasa, Ultrafarma, Farma Conde e mais um bloco da Cacau Show, apesar da pandemia de covid-19. Conseguimos manter o equilíbrio financeiro da Administração Municipal neste momento complicado.


Que inovações estão previstas na área da Educação?


Conseguiremos implementar sistemas bem legais para a área da Educação neste 2022, como lousas digitais e a aquisição de 500 notebooks para os professores. Durante a pandemia, houve uma discussão muito grande sobre a alimentação de alunos e uma politicagem barata muito grande em cima disso. Por esse motivo, criamos um novo projeto de lei e começamos a entregar neste mês cestas básicas para estudantes de famílias de alta vulnerabilidade durante o período de férias escolares.


Um assunto que a população sempre cobra é a questão da maternidade e de um aporte de recursos por parte do Governo do Estado. Como está essa situação hoje?


Sempre defendi junto ao Estado a abertura da maternidade, mas desde que a gente tenha a estrutura adequada e o aporte de recursos. Sem haver esse suporte financeiro, eu não posso fazer mágica. Não posso brincar com a vida das pessoas. Esse é um problema regional que necessita do apoio estadual. Minha proposta é que o nosso hospital fosse um braço do Hospital Regional de Itanhaém e tenha estrutura adequada. Estamos falando de uma cidade com 13 quilômetros de extensão e a única do Litoral Sul que possui três prontos-socorros: a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o PS (pronto-socorro) do Vera Cruz e o PS infantil, que atende crianças de Praia Grande e de Itanhaém. A gente tem feito a lição de casa. Fizemos vários partos neste ano na maternidade. Mas se a gestante precisar fazer uma cesariana e houver a necessidade de uma UTI neonatal, ela terá de ficar aguardando uma vaga no sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde) e você sabe se isso demorar muito, a criança vai morrer.


Para o próximo ano, quais avanços estão programados para a área da saúde?


Um aspecto positivo que conseguimos avançar neste ano foi a implementação do sistema de tomografia. Estamos realizando a obra do novo Centro de Fisioterapia, em Agenor de Campos, que está bem adiantada. Será um equipamento moderno e diferenciado. Temos ainda as farmácias nos postinhos de saúde, que são um sonho antigo que tenho para dar mais dignidade e humanização aos pacientes. Muitas vezes, a pessoa precisa se deslocar por quatro, cinco ou dez quilômetros até a Farmácia Central para pegar o medicamento, mas às vezes não tem. Fomos a única cidade da região que destinamos uma UPA apenas para atender casos de covid-19. Fomos a cidade com o menor número de mortes e de casos da doença. O Centro de Zoonoses, que fica em um espaço quatro vezes maior e com sala de cirurgia, começará a funcionar em janeiro. Vamos fazer a reestruturação dos postos de saúde, aumentando as equipes.


O senhor pretende abrir um novo concurso público para ampliar o quadro de servidores?


Sim. Estamos com um concurso aberto para todas as áreas, inclusive para a área da saúde. Estamos pensando em abrir novos concursos no próximo ano e pretendemos fazer uma reforma administrativa. Tínhamos a necessidade de fazer esse concurso atual com urgência, porque muitos pediram exoneração nos últimos meses. Estava ficando bem difícil gerenciar a situação na área da Educação. Precisamos preencher algumas vagas na Assistência Social e em cargos técnicos na área da Educação.


Uma das ideias do senhor era ter uma legislação para atrair distribuidoras para o Município. O senhor conseguiu viabilizar essa proposta? Quais projetos importantes o senhor pretende enviar para o Legislativo no próximo ano?


Você me entrevistou em dezembro do ano passado, quando havia a impressão que a situação da pandemia estava mais controlada, mas houve uma piora no cenário a partir de fevereiro. Estamos com o projeto de lei pronto para atrair distribuidoras por meio da cessão de algumas áreas do Município, mas eu optei em não encaminhar a proposta ao Legislativo neste ano por causa da situação econômica do País, porque dificilmente alguém iria fazer esse investimento agora. Tenho certeza que teremos interessados nisso. Essa legislação vai ajudar bastante no desenvolvimento econômico da Cidade. Para os servidores, pretendemos criar o vale-alimentação, o que vai aquecer a economia local. Temos um outro projeto, que depende de orçamento, que é o cartão do servidor. Cada funcionário receberá R$ 200,00 para serem utilizados somente em Mongaguá. Neste ano, tivemos dois importantes projetos de lei aprovados, como o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que garantirá a origem e a qualidade dos produtos feitos pelos produtores locais, e o convênio que fizemos com o Corpo de Bombeiros para que um posto da corporação seja instalado na Cidade.


Para compensar a falta de recursos, como o senhor tem trabalhado para atrair verbas ao Município?


Fico feliz de ter essa credibilidade junto aos deputados, que nos auxiliaram com o envio de emendas para a realização de obras importantes. Tenho certeza que nesses três anos, com todo o respeito aos outros prefeitos que passaram ao longo desses 60 anos de Mongaguá, a gente conta com maior poder para atrair emendas. Já fazia esse trabalho quando era vice-prefeito. Devemos atingir uma marca superior a R$ 60 milhões em três anos. Eu me sinto orgulhoso pelos deputados acreditarem no nosso governo, estarem inaugurando obras e ajudarem a nossa população. Vamos seguir trabalhando sério para Mongaguá continuar sendo um canteiro de obras.


Quais são os planos para fortalecer o turismo, que foi bastante afetado durante a pandemia de covid-19?


Estivemos em Brasília com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, apresentando alguns dos nossos projetos, como o teleférico, o trenzinho turístico e o elevador panorâmico que dará acesso à imagem de Nossa Senhora Aparecida. Acredito que precisamos investir nesses pontos para termos um diferencial em relação às cidades maiores brasileiras. Em Mongaguá, a pessoa está na praia e a cinco minutos de uma cachoeira, fazendo esse trajeto de carro. Temos a maior plataforma de pesca da América Latina e a nossa tradicional feira de artesanato. Também queremos incentivar as trilhas ecológicas na área rural. Estamos estudando fazer uma parceria público-privada (PPP) para viabilizar o elevador panorâmico e toda a infraestrutura do entorno, que tem um investimento menor (em torno de R$ 1 milhão).


O que os cidadãos de Mongaguá podem esperar da gestão municipal no próximo ano?


Tenham a certeza que possuímos uma grande meta: fazer de Mongaguá uma cidade promissora. E estamos alcançando isso dia a dia. Não vamos diminuir o nosso ritmo em 2022 e esperamos que seja um ano muito positivo para os moradores da Cidade e da Baixada Santista.


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