Mulher espera quase dois anos por consulta após fazer endoscopia e lida com dores no Litoral de SP

Paciente entrou na lista de espera e não foi mais chamada

Por: Nicollas Felix  -  13/04/24  -  06:41
Suelene sofre com dores há mais de 2 anos
Suelene sofre com dores há mais de 2 anos   Foto: Arquivo pessoal

Após realizar uma endoscopia em 2022, Suelene Andrade dos Santos, de 57 anos, entrou na fila de espera para realizar o retorno com o médico, mas não foi mais contatada pelo hospital, em Itanhaém, Litoral de São Paulo. Ela sente dores constantes na região do estômago desde a época da primeira consulta com o gastroenterologista.


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Depois de passar por consulta com gastroenterologista no Centro de Especialidades Médicas de Itanhaém (Cemi), Suelene foi encaminhada ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME), em Praia Grande, para realizar o exame de endoscopia e posteriormente identificar o motivo das dores que estava sentindo.


A dona de casa fez o exame no dia 6 de maio de 2022 e agendou o retorno ao médico para o dia 13 de setembro do mesmo ano. Porém, perto do dia da consulta, Suelene foi notificada pelo hospital que haveria uma remarcação, pois o médico estava de licença médica, sem previsão de retorno. Assim, a consulta foi remarcada para o mês seguinte, também no dia 13


Porém, para a surpresa de Suelene, novamente perto do dia agendado, a consulta foi cancelada. Dessa vez, ela foi orientada a ir até uma unidade de saúde mais próxima para conseguir outro encaminhamento, pois o gastroenterologista que a atenderia deixou o cargo.


Seguindo as orientações, Suelene foi até a Unidade de Saúde da Família (USF) Savoy. Lá, conseguiu o encaminhamento e entrou na lista de espera de um novo retorno para verificar o estado de saúde. Desde então, a dona de casa tem aguardado retorno. No exame realizado em maio de 2022, foi constatado que a moradora de Itanhaém possui hérnia de hiato por deslizamento. Ela sente muitas dores na região estomacal há mais de 2 anos, antes de ir à primeira consulta com o médico.


“(Me sinto) Humilhada e abandonada por quem era para estar cuidando da saúde da população”, desabafou. Ela ainda ressaltou que o tempo de espera é perigoso para a pessoa com a doença. “O triste é que nesse tempo todo de espera eles só falam para aguardar. Não tem como você se livrar de uma doença mais grave com uma espera de quase 2 anos”.


A Tribuna procurou a Prefeitura de Itanhaém, que informou, por meioda Secretaria de Saúde, que Suelene Andrade dos Santos está com nova consulta marcada no Ambulatório Médico de Especialides (AME) de Santos para o dia 22 de abril.


A secretaria também esclareceu que houve falta de profissionais no quadro e os pacientes agora estão passando por uma reavaliação clínica.


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