Menina de 2 anos que nasceu sem esôfago luta por cirurgia e família busca recursos no Litoral de SP

Desde que nasceu, a pequena Zipora aguarda pelo procedimento na fila do Sistema Único de Saúde (SUS)

Por: Ravena Soares  -  23/04/24  -  08:23
Atualizado em 25/04/24 - 18:50
Zipora nasceu sem o esôfago e precisa passar por cirurgia
Zipora nasceu sem o esôfago e precisa passar por cirurgia   Foto: Arquivo Pessoal

A família de uma menina de dois anos, moradora de Itanhaém, Litoral de São Paulo, está buscando recursos para custear a cirurgia de atresia esofágica. Zipora Oliveira Aguiar nasceu sem esôfago e com cardiopatia congênita e, de acordo com a mãe, Suenne Oliveira, ela aguarda cirurgia na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) desde que nasceu. Por isso, a família está decidida a arcar com as despesas do procedimento.


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“Para que ela possa ter uma vida o mais normal possível. Possa sair para escola, comer, uma coisa simples que é sentar em uma mesa e comer”, a mãe explica o motivo da iniciativa.


Segundo a mãe, a cirurgia irá proporcionar qualidade de vida para a filha que, devido aos problemas do aparelho digestivo, tem muitas restrições. “Eu quero que ela aproveite a infância dela, que tenha uma vida normal, sem ver aquele monte de coisa na barriga dela”.


Apesar dos desafios enfrentados hoje, Suenne lembra que teve uma gestação tranquila. Seus problemas de saúde foram diagnosticados em seu nascimento, em 2021. Zipora já passou por algumas cirurgias e todas foram um sucesso. A expectativa é de que a próxima também seja.


Atualmente, a menina se alimenta via sonda e usa uma bolsa de colostomia. Além disso, ela tem um orifício no pescoço, por onde sai a saliva. “Eles não dizem prazo, não tem resposta. Na verdade, ela está na fila e a demanda é grande”, pontua.


A Tribuna está acompanhando o caso há um mês, e no dia 19 de março, a Secretaria do Estado da Saúde informou que a paciente tinha uma consulta médica para avaliação na especialidade de Cirurgia Pediátrica no dia 16 de abril, no Hospital Guilherme Álvaro (HGA).


A pasta ainda acrescentou que todo procedimento cirúrgico a ser realizado procede de uma rotina pré-determinada, na qual se identifica o diagnóstico clínico e/ou de imagens, avaliação do especialista para a cirurgia proposta, exames pré-operatórios e avaliação do serviço de anestesia. Somente após a realização destes procedimentos é que ocorre o agendamento da cirurgia, com determinação de local, horário e equipe cirúrgica.


Após a realização da consulta, Suenne entrou em contato novamente com a reportagem, relatando não ter obtido respostas para a cirurgia da filha. Foi solicitado então, um novo posicionamento para a secretaria.


Em uma outra nota, divulgada nesta terça-feira (23), o DRS da Baixada Santista informou que a menina estava em acompanhamento na especialidade de cirurgia pediátrica no Hospital Guilherme Álvaro, tendo seu último retorno ocorrido em 16 de abril deste ano. Pela complexidade de seu caso, foi encaminhada para o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC). Ela está matriculada desde maio de 2022 na unidade e sua próxima consulta com cirurgião está marcada para o dia 03 de maio, sexta-feira, às 10h. A mãe foi orientada pelo HGA e está ciente da tratativa.


A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) é um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo, seja ele municipal, estadual ou filantrópico, e apto a cuidar do caso. A Central possui um sistema online que funciona 24 horas por dia e busca vaga disponível em serviços de saúde do SUS, preferencialmente na região de origem do paciente, com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes.


Enquanto aguarda na fila do SUS, a família busca recursos para realizar a cirurgia em um hospital privado, com grande referência no procedimento, que é delicado. Interessados em ajudar Zipora, podem se informar clicando aqui.


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