Uma jovem de 15 anos precisou ser hospitalizada após ser picada por uma jararaca no bairro Itaóca, em Mongaguá, na última terça-feira (21). Mariana estava andando na Avenida Benedito Patucci quando pisou sem querer na serpente e foi picada.
A mãe dela, a balconista Patrícia Novaes, de 41 anos, contou à Reportagem de A Tribuna que os primeiros dois dias foram os mais tensos, mas que agora ela está se recuperando.
"Graças a Deus ela está melhorando. Ainda hospitalizada, tomando antibióticos. Ela estava caminhando por volta das 21h em uma rua que tem pouca iluminação e acabou pisando sem querer na cobra e foi picada".
Mariana foi levada imediatamente até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mongaguá, onde recebeu os primeiros socorros, e segue internada em um hospital de Santos, ainda sem previsão de receber alta. Segundo sua mãe, ela tomou 12 doses de antiofídico para picada de jararaca e logo apresentou melhoras nos sintomas.
"Ela não soube identificar o tipo de cobra, mas recebeu na UPA o tratamento adequado com antiofídico, depois de sentir muita dor no local, inchaço, dores de cabeça, febre. O pé dela foi ficando escuro", relatou a mãe.
O tio de Mariana entrou em contato com a página do Parque Ecológico A Tribuna, também em Mongaguá, e conseguiu falar com o biólogo Daniel Monteiro Bortone, que buscou informações com a unidade de saúde para ajudá-los.
"A família mandou mensagem perguntando se poderíamos ajudar, porque a menina havia sido picada e estava na UPA. Perguntei se era uma serpente mesmo e eles disseram que sim, mas que ela não viu qual era. Pelos sintomas e pelas fotos do pé, certeza de que seria uma jararaca. Esse inchaço, os hematomas, dores fortes, são bem característicos de picadas de jararaca", explicou o biólogo para a Reportagem.
Bortone reforça que não se trata de um ataque da serpente, e sim de um acidente, já que Mariana pisou no animal sem querer.
"A serpente nunca vai pra cima da pessoa, é um reflexo de algo com que ela se intimidou. A jararaca viu uma ameaça e se defendeu. Aqui no Brasil, 90% dos acidentes são causados por jararacas, é uma serpente muito comum no litoral, área de mata atlântica", reforçou.