Cerca de mil peixes aparecem mortos em praia de Mongaguá; vídeo

Pesca de arrasto pode ter ocasionado a morte dos animais que estavam na faixa de areia

Por: De A Tribuna On-line  -  13/01/20  -  14:11
Atualizado em 13/01/20 - 14:49
  Foto: Reprodução

Cerca de mil de peixes mortos foram encontrados na manhã deste domingo (12) na praia do bairro Flórida Mirim, em Mongaguá, na divisa com Itanhaém. A equipe do Instituto Biopesca alegou tratar-se de um encalhe em massa de peixes da família Sciaenidae, que inclui pescadas e corvinas. O órgão foi o responsável pela contagem dos animais.


Um morador de Mongaguá registrou o momento em que caminhava na praia e se deparou com muitos peixes mortos na faixa de areia. Em vídeo, ele cobra as autoridades para que tomem alguma providência sobre o ocorrido. Segundo o autor do vídeo, ele estava caminhando na praia por volta das 9h deste domingo, quando notou a presença dos animais sem vida.


De acordo com o veterinário Rodrigo Valle, do Instituto BioPesca, “muito provavelmente, esses peixes foram descartados depois de terem sido capturados em redes de pesca de arrasto”. O coordenador geral do Instituto Biopesca ainda diz que alguns exemplares foram coletados para análise, a fim de levantar qual sua espécie, entre outras informações.


De acordo com o especialista, há aumento da pesca nesta época do ano em função da maior demanda de consumo e, por isso, a mortalidade de espécies não-alvo da pesca de arrasto cresce. Essa técnica é usada para pescar camarões, por exemplo.


"O Instituto Biopesca não é um órgão fiscalizador e, assim, não faz a autuação dos pescadores industriais que não respeitam a legislação e prejudicam outras espécies marinhas que não são o seu objetivo", comenta Rodrigo. "Entretanto, atuamos em parceria com os pescadores artesanais para a promoção de uma pesca mais sustentável e na sensibilização do público em geral para que se informem sobre a origem do pescado que compram e, dessa forma, pratiquem o consumo responsável".


Procurada porA Tribuna On-line, a prefeitura não se manifestou sobre o ocorrido até a publicação desta reportagem.


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