Câmara de Itanhaém aprova proibição do uso, fornecimento e venda de cerol e linha chilena

A Câmara de Itanhaém aprovou o Projeto de Lei 50/2019, de autoria do vereador Peterson Gonzaga (DEM), que proíbe o uso, fornecimento e venda de cerol, da linha chilena e quaisquer outros materiais e artefatos cortantes aplicados em papagaios de papel, pipas ou semelhantes.

O cerol é uma substância constituída de vidro moído e cola. Já a linha chilena é encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio.

"A gente vê muitas pessoas sofrendo com isso. Muitas pessoas mutiladas e muitas pessoas morrendo por causa de pipa, por causa de linha com cerol, linha chilena. Olha a responsabilidade dos vereadores, a responsabilidade do prefeito em regulamentar uma situação dessas", declarou o autor do projeto.

O texto prevê multa de mil Unidades de Referência do Município (UFIRs), o que dá R$ 3.550, podendo este valor ser dobrado em caso de reincidência.

Peterson Gonzaga destacou que o projeto não visa à proibição da pipa, mas o uso dos materiais, somente. "O projeto prevê que a prefeitura irá disponibilizar locais, transitórios ou permanentes, para que as pessoas utilizem. Sem problema nenhum", explicou.

Pipódromo

Hugo di Lallo (Cidadania) aproveitou para defender a ideia da criação de um "pipódromo" na cidade. "Não é questão de ser taxativo. É de você ver e regulamentar. Se você tiver um local adequado, próprio, você consegue atender a todos", disse o parlamentar.

"Se nós estamos falando de uma sociedade melhor, mais justa, mais igualitária, mais humana para os nossos filhos, nós temos que buscar resgatar algumas situações que, no passado, refletiram na nossa formação. Como, por exemplo, empinar pipa com o pai, jogar bolinha de gude, entre outras coisas", completou.

Agora, o texto segue para sanção ou veto do prefeito Marco Aurélio Gomes (PSDB).