Apesar de a vacinação finalmente estar ocorrendo, a máscara de proteção é uma das maneiras mais eficazes de reduzir a possibilidade de se contaminar e passar a doença. Mesmo assim, muitos se aglomeraram nas praias de Santos e Guarujá durante o fim de semana, a maioria sem máscara, nem distanciamento social.
Segundo o infectologista Eduardo Santos, é fundamental que mesmo quem já teve a doença ou tomou a primeira dose da vacina continue usando máscara. “Existe possibilidade de reinfecção. A vacina reduz as chances de morte e internação, mas não que se pegue a doença e passe para frente”, alerta. “Sigo pedindo uso de máscara, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e distanciamento.”
O também infectologista Rogério Sampaio vê nas máscaras um “cuidado que faz toda a diferença. Ainda não sabemos muitos detalhes da doença, mas algo não podemos negar: para diminuir a circulação do vírus, é importante usar máscara e praticar isolamento”.
Ele adverte contra as modinhas na hora de escolher o acessório. “Querer uma máscara em um tecido mais grosso, como o jeans, prejudica a respiração. Ao mesmo tempo, escolher cetim também não adianta, pois é fino demais.” Para saber se funciona, “um bom teste é tentar apagar uma vela usando a máscara. Se conseguir fazer isso com facilidade, melhor trocar o acessório por outro mais eficiente”. O ideal é que a máscara tenha malhas bem fechadas, com duas a três camadas de pano. Outro teste: tentar ver a luz do sol através da máscara.
Segundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão de saúde dos Estados Unidos, usar máscara cirúrgica com uma de tecido por cima pode elevar a proteção contra o vírus em até 90%.
O infectologista Marcos Pereira menciona, porém, que um bom ajuste da máscara ao rosto é fundamental para aumentar sua eficiência geral. “Isso impede que o ar entre ou saia pelas laterais, por cima ou por baixo, sem passar por filtragem.”