Hotéis da Baixada Santista temem cancelamento de reservas: 'Prejuízos serão enormes'
Setor espera por um cancelamento de 50% a 70% caso os prefeitos acatem a decisão do Estado quanto à fase vermelha do Plano SP
O setor hoteleiro da região espera por um cancelamento de 50% a 70% das reservas, caso os prefeitos acatem a decisão do Estado quanto à fase vermelha do Plano São Paulo. Apesar de os hotéis terem autorização para operar, o mesmo não ocorrerá com comércio, bares e restaurantes.
“Os prejuízos às estâncias turísticas serão enormes se os prefeitos acatarem essa medida desastrada do Governo”, disse o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores), Heitor Gonzalez, que acionou os chefes do Executivo.
“Todos os prefeitos foram sensibilizados sobre os estragos que isso pode causar na região em todos os sentidos. São muito importantes para nós esses seis dias. Posso dizer que o 1º de janeiro, às vezes, vale pelo faturamento de um mês para muitas casas”.
Gonzalez afirma que, após o anúncio do Estado, os telefones nos hotéis não pararam de tocar. São hospedes com dúvidas sobre a adoção das restrições.
O reflexo nos hotéis ocorre devido à proibição da abertura de bares e restaurantes, outro setor que sofrerá com a medida. “A pessoa virá com a família para o hotel e vai comer no quarto? Num banquinho da praça? Vai pedir um delivery? Isso é um desastre como gestão”.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Omar Abdul Assaf, vê a medida como “desastrosa”. “Muitos iriam trabalhar. Vai fazer com que mais pessoas saiam e se aglomerem, como um feriado prolongado”.
Ele entende que os bloqueios para o comércio não serão impactantes, pois, nessas datas, o movimento é mais baixo e voltado às trocas. Mas os empresários perdem oportunidades de novas vendas.
Hotéis temem cancelamento de reservas
