Quinto dia de buscas em Guarujá tem intervenções intensificadas em locais de deslizamentos
Chances de encontrar sobreviventes são remotas. Retirada de material e interdição de moradias em áreas de risco foram reforçadas
As buscas por vítimas da tragédia com as chuvas na região completam cinco dias e continuam na Barreira do João Guarda, do Engenho e no Morro da Bela Vista (Macaco Molhado), em Guarujá. Com chances remotas de encontrar sobreviventes, as intervenções estão intensificadas na retirada de material e interdição de moradias nas áreas de risco.
De acordo com a Defesa Civil, 78 moradias no Morro do Macaco foram interditadas nesta semana. A ação preventiva monitora todos os morros da cidade e visa reduzir riscos de novos deslizamentos. Os trabalhos de vistoria têm parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Segundo a Coordenadoria de Unidades de Prevenção e Educação da Defesa Civil de Guarujá, os trabalhos são para reduzir riscos de novos deslizamentos nos morros da cidade. As residências interditadas passaram por vistoria técnica do IPT, que identificou uma trinca no solo, constatando a presença de risco iminente de novos deslizamentos ao conjunto de casas no entorno.
As famílias desabrigadas estão sendo acomodadas na Escola Municipal Professora Dirce Valério Gracia (Avenida D. Pedro I, 340, Jardim Tejereba). No local, os munícipes recebem atendimento médico e psicológico, alimentação e abrigo.
No início desta semana, o acumulado de chuvas em Guarujá atingiu 405 mm em 72 horas, sendo 282 mm só nas primeiras 12 horas, número superior ao previsto para todo o mês de março. Segundo o secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Nyakas Júnior, o volume de chuvas extremamente alto foi o que deflagrou a grande quantidade de deslizamentos.
