Um mergulhador, de 69 anos, desapareceu na tarde da última quinta-feira (11), enquanto realizava serviços especializados nas profundezas do represado de uma usina na cidade de Rio Verde, região sudoeste de Goiás. Francisco Rodrigues dos Santos morava com a família em Guarujá, no Litoral de São Paulo, mas viajava frequentemente por conta da profissão.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a operação de resgate convocou mergulhadores de Goiânia para reforçar a procura pelo mergulhador, mas o corpo não foi encontrado. As buscas foram encerradas no último sábado (13), em razão da complexidade da situação e o alto risco inerente à atividade subaquática no local.
A sobrinha de Francisco, Viviane Rodrigues, de 48 anos, acredita que as equipes de resgate, e da empresa em que ele trabalhava, fizeram tudo o que podiam, tendo em vista que o setor é repleto de comportas e o turbilhonamento d'água muito forte.
"Ele já era aposentado, mas amava a profissão na qual atuava. Sempre falou que iria morrer trabalhando, brincando, claro. Mas ele tinha 20 anos de experiência, e eu tenho certeza que, afogado, ele não morreu", afirma.
De acordo com ela, os empregadores informaram ter ouvido sons pelo comunicador. "Disseram que foi um barulho muito forte. Começaram a chamá-lo, mas a partir daí ele já não respondeu mais", relata.
"O que nos resta é orar, temos que ser sensatos, humanos. Todos os profissionais falaram a mesma coisa, que o local era muito perigoso. Trinta metros de profundidade... é difícil", lamenta a sobrinha.
Viviane também contou à reportagem de A Tribuna, que os profissionais seguem monitorando a represa hidrelétrica da usina para ver se há algum sinal ou se o corpo aparece. Caso seja encontrado, a funcionária pública disse que a família pretende sepultar o tio em Guarujá, pois todos os familiares vivem na cidade.