Empresários de Guarujá querem planejar a cidade até 2034

Objetivo é criar um conselho da sociedade civil organizada para ajudar o Poder Público

Por: Da Redação  -  01/11/19  -  15:04
O intuito é projetar o que pode ser o Município em 2034, ano do centenário de sua emancipação
O intuito é projetar o que pode ser o Município em 2034, ano do centenário de sua emancipação   Foto: Carlos Nogueira/AT

Planejar os próximos anos de Guarujá, ajudando a direcionar os investimentos em infraestrutura, desenvolvimento econômico e geração de empregos. Tudo por meio de pesquisas que apontem as reais necessidades. É o que pretendem os empresários da Cidade, em união de esforços com o Poder Público. O primeiro passo foi dado nesta quinta-feira (31) no evento Guarujá 2034, Construindo o Futuro de Guarujá, Hoje!


A exemplo do que aconteceu em dezembro do ano passado, na Associação Comercial de Santos (ACS), O ex-prefeito de Maringá (PR) e engenheiro Silvio Barros – que foi eleito pelo Sebrae Prefeito Empreendedor do Paraná – foi chamado para uma palestra.


Ele explicou como ajudou a criar um conselho com integrantes da sociedade civil organizada para atuar no planejamento de projetos e da administração ordenada de Maringá, cidade que virou referência nacional em desenvolvimento. Outras cidades do País, como Santos, caminham nessa direção. 


Barros afirma que o conselho proposto não tira a autonomia das prefeituras. “Esse mecanismo é de governança colaborativa, não é para se apropriar do poder de ninguém. Muito pelo contrário, é para contribuir. Conta apenas com o norteamento da sociedade civil organizada, fazendo aquilo que a Prefeitura não faz ou não tem condições de fazer. Mas o prefeito tem autonomia para decidir.” 


Como exemplo, o ex-prefeito cita o último trabalho que o conselho de Maringá fez, identificando que a Cidade deve criar incentivos para saúde, educação, finanças e tecnologia da informação. “Estou falando de prestadores de serviços que geram emprego de alto valor agregado. O cenário para que essas empresas se estabeleçam precisa de incentivos fiscais, políticas públicas, infraestrutura, acessibilidade. Isso cabe ao Poder Público, mas a direção está dada pela sociedade.” 


Barros lembra que os levantamentos vão exigir recursos. “O projeto socio-econômico para 2047, de Maringá, custou R$ 900 mil e não teve nenhum centavo da Prefeitura. A sociedade bancou tudo. É investimento para construir um projeto que seja blindado contra a descontinuidade política e ideológica”, destaca.


O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Alexandre Trombelli, afirma acreditar na governança colaborativa. “Quando você divide funções, responsabilidades e consegue fazer um planejamento a longo prazo, com metas estipuladas e acompanhadas pela própria sociedade, tem mais eficiência para alcançar os objetivos traçados.”


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