Turistas do litoral de SP deixam local de tragédia em Capitólio minutos antes de rocha desabar

Moradores da Baixada Santista relatam 'livramento' após acidente e dizem que clima na cidade mineira é de 'tristeza'

Por: Bruno Almeida  -  09/01/22  -  07:02
Atualizado em 09/01/22 - 07:56
Thiago esteve no local onde rocha atingiu lanchas minutos antes do ocorrido
Thiago esteve no local onde rocha atingiu lanchas minutos antes do ocorrido   Foto: Arquivo pessoal

Turistas da Baixada Santista que estão em Capitólio (MG) relataram que o clima na cidade mineira é de tristeza neste domingo (9). Uma estrutura rochosa desabou e atingiu lanchas na tarde de sábado (8). Até a publicação desta reportagem, sete mortos já haviam sido confirmados no acidente.


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O coproprietário da agência de viagens guarujaense Thirol Passeios e Excursões, Thiago Henrique da Silva Souto, conta que está na cidade com um grupo de 33 turistas das cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. "Triste demais. Saímos do local 15 minutos antes do acidente, só soubemos depois do nosso 'livramento'. Todos nós poderíamos ser atingidos", conta.


Localizada a 293 km de Belo Horizonte, Capitólio é um dos principais destinos de turistas que buscam passeios em Minas Gerais. Após o acidente, ocorrido no começo da tarde de sábado, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais já confirmou a morte de sete pessoas.


Outras 32 ficaram feridas no desastre. A Marinha do Brasil deve instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.


Thiago afirma que se surpreendeu quando soube do desabamento. "Soubemos da notícia por alto, durante o almoço. Só tínhamos na lembrança momentos felizes até então. Por conta de adiamentos, por causa da pandemia, tínhamos um pessoal que estava há dois anos aguardando (a viagem)".


Família de Alyne esteve no local do acidente dois dias antes de rocha desabar
Família de Alyne esteve no local do acidente dois dias antes de rocha desabar   Foto: Arquivo pessoal

A professora de Santos Alyne Ross também passa as férias em Capitólio. Para ela, o clima agora é de tristeza. Ela esteve no local do acidente dois dias antes da tragédia.


Segundo ela, a região do desabamento é uma das mais procuradas por turistas "porque todos querem apreciar a vista, que é linda. É um ambiente de muita descontração, pela beleza, pelas cachoeiras. As lanchas acabam ficando lá para os turistas tomarem um banho".


Ao chegar a um restaurante para almoçar, ela viu, pela televisão, as imagens do acidente. "Estou aqui com meus pais, minha tia, meu irmão, meu marido e meus filhos. Um grupo bem grande. Agora já não tem mais clima para curtir. Muita tristeza. A região já causa um certo medo por conta das trombas d'água e agora ainda mais com essa tragédia..."


Renata e o marido, Clayton, também viram as rochas de Capitólio antes do acidente
Renata e o marido, Clayton, também viram as rochas de Capitólio antes do acidente   Foto: Arquivo pessoal

A professora de Guarujá Renata Prado esteve no local do desabamento na manhã de sábado, horas antes do acidente. Incialmente, ela e o marido ouviram boatos pela cidade de que uma lancha havia batido na outra, mas não tinham noção de que, na verdade, a situação era muito mais grave.


"Só no almoço soubemos o que aconteceu. Não era de se esperar. Estava tudo tão normal, tão lindo", relata.


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