Turistas da Baixada Santista que estão em Capitólio (MG) relataram que o clima na cidade mineira é de tristeza neste domingo (9). Uma estrutura rochosa desabou e atingiu lanchas na tarde de sábado (8). Até a publicação desta reportagem, sete mortos já haviam sido confirmados no acidente.
O coproprietário da agência de viagens guarujaense Thirol Passeios e Excursões, Thiago Henrique da Silva Souto, conta que está na cidade com um grupo de 33 turistas das cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. "Triste demais. Saímos do local 15 minutos antes do acidente, só soubemos depois do nosso 'livramento'. Todos nós poderíamos ser atingidos", conta.
Localizada a 293 km de Belo Horizonte, Capitólio é um dos principais destinos de turistas que buscam passeios em Minas Gerais. Após o acidente, ocorrido no começo da tarde de sábado, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais já confirmou a morte de sete pessoas.
Outras 32 ficaram feridas no desastre. A Marinha do Brasil deve instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.
Thiago afirma que se surpreendeu quando soube do desabamento. "Soubemos da notícia por alto, durante o almoço. Só tínhamos na lembrança momentos felizes até então. Por conta de adiamentos, por causa da pandemia, tínhamos um pessoal que estava há dois anos aguardando (a viagem)".
A professora de Santos Alyne Ross também passa as férias em Capitólio. Para ela, o clima agora é de tristeza. Ela esteve no local do acidente dois dias antes da tragédia.
Segundo ela, a região do desabamento é uma das mais procuradas por turistas "porque todos querem apreciar a vista, que é linda. É um ambiente de muita descontração, pela beleza, pelas cachoeiras. As lanchas acabam ficando lá para os turistas tomarem um banho".
Ao chegar a um restaurante para almoçar, ela viu, pela televisão, as imagens do acidente. "Estou aqui com meus pais, minha tia, meu irmão, meu marido e meus filhos. Um grupo bem grande. Agora já não tem mais clima para curtir. Muita tristeza. A região já causa um certo medo por conta das trombas d'água e agora ainda mais com essa tragédia..."
A professora de Guarujá Renata Prado esteve no local do desabamento na manhã de sábado, horas antes do acidente. Incialmente, ela e o marido ouviram boatos pela cidade de que uma lancha havia batido na outra, mas não tinham noção de que, na verdade, a situação era muito mais grave.
"Só no almoço soubemos o que aconteceu. Não era de se esperar. Estava tudo tão normal, tão lindo", relata.