Números indicam avanço na construção civil em Santos

O total de processos administrativos de novos empreendimentos e fiscalização de obras irregulares aumentou

Por: Izabelly Fernandes  -  19/04/24  -  21:14
Enquanto 27.604 processos foram despachados em 2022, número de 2023 chegou a 49.358, com alta de 78%
Enquanto 27.604 processos foram despachados em 2022, número de 2023 chegou a 49.358, com alta de 78%   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

Balanço da Prefeitura de Santos mostra que o número de processos administrativos relacionados à construção de novos empreendimentos e à fiscalização de obras irregulares aumentou. Enquanto, em 2022, se despacharam 27.604 processos, em 2023 foram 49.358, com aumento de 78%. Para o Município, isso demonstra um aquecimento da construção civil.


Os processos são recebidos pelo Departamento de Controle do Uso e Ocupação do Solo e Segurança de Edificações, vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Edificações.


A arquiteta Luciana Castro, da secretaria, afirma que os processos são relativos a aprovação de projetos, reformas, legalizações, expedições de carta de habitação, certidões e fiscalizações.


“Em 2022, 634 processos foram ligados a fiscalização e, em 2023, foram 726. Então, a gente vê que o maior número mesmo está ligado a processos relacionados à construção de novos empreendimentos na Cidade”, explica.


Conforme o balanço, foram 160 cartas de habitação expedidas em 2023 e 131 em 2022. No ano passado, emitiram-se 237 certidões, ante 145 no anterior. Entre janeiro e março deste ano, o número de processos em geral soma 9.521. A tendência é que o número continue aumentando, considera a Administração.


“Acredito que o que esteja gerando este aquecimento no setor da construção civil em Santos seja a redução dos juros e essa confiança que se está promovendo no panorama econômico”, opina Luciana. Como outra consequência positiva, ela vê a geração de empregos no segmento.


Mais razões
O diretor regional do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (Secovi) de Santos, Carlos Meschini, aponta outro fator: a qualidade de vida que a Cidade propicia. Outras razões, como a ampliação do Porto e do Veículo Leves sobre Trilho (VLT), também colaboram, diz.


“Com a pandemia, muita gente passou a morar aqui e a trabalhar remotamente. A Cidade está cada vez mais recebendo gente de fora, e a tendência é aumentar. Tudo isso alavanca a construção. Houve, também, um acúmulo de projetos que foram lançados nesse período. Isso incentivou a quantidade de produtos que se soltaram agora no mercado, e estão sendo bem comercializados”, afirma.


Outro ponto destacado por Meschini é econômico. Segundo ele, quem tinha dinheiro em aplicações, como ações em bolsa, viu que investir em imóveis seria mais rentável. O diretor enfatiza que, embora o retorno seja em longo prazo, é muito mais seguro.


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