Infectologistas falam em novo lockdown após recorde de infecções por Covid-19 no litoral de SP

Baixada Santista atingiu recorde de novos casos na última segunda-feira (21)

Por: Natalia Cuqui  -  22/06/21  -  14:26
Atualizado em 22/06/21 - 14:51
 Baixada Santista registrou 951 novos casos de covid-19 na segunda-feira (21).
Baixada Santista registrou 951 novos casos de covid-19 na segunda-feira (21).   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O aumento no número de internações por conta da covid-19 tem preocupado especialistas no litoral de São Paulo. Na última segunda-feira (21), a Baixada Santista bateu o recorde de novos casos em 24h: 951 pessoas contaminadas. Mesmo com a vacinação em ritmo mais acelerado, os casos da região continuam aumentando e infectologistas não descartam a chance de um novo confinamento.


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O infectologista Leonardo Weissmann afirma que existe a possibilidade de um novo lockdown se fazer necessário na Baixada Santista. "Não é possível descartar essa possibilidade. É impossível afirmar o que pode ocorrer nas próximas semanas, precisamos acompanhar atentamente a evolução da ocupação de leitos em cada município".


Segundo ele, é muito importante continuar respeitando as regras de prevenção contra o covid-19 para evitar uma situação como o confinamento mais rígido. O uso da máscara, ainda item obrigatório, é uma das principais formas de prevenção contra o coronavírus, assim como a higienização frequente das mãos.


"Se o número de casos e óbitos continuar subindo e a ocupação de leitos hospitalares, principalmente de UTI, estiver próxima do limite, não há outra saída que não seja pensar em uma medida mais extrema de restrição, como o lockdown. É necessário que se pense na proteção da vida humana", explicou.


As cidades de Araraquara, Américo Brasiliense e Santa Lúcia entraram em lockdown, no último domingo (20), para conter o avanço da doença. Em Araraquara, a medida deve durar 180 horas, terminando na 0h do próximo domingo (27). O município foi, em fevereiro, o primeiro do país a fazer confinamento total.


Já a infectologista Elisabeth Dotti reforça que, mesmo com a vacinação atingindo mais faixas etárias, o grande problema está na conscientização da população: "por enquanto a situação está sob controle, mas um controle bem fino. No último lockdown as pessoas resolveram 'tirar férias', então até houve diminuição de casos mas não tão expressivo. As pessoas não entendem a razão do lockdown.


"O que vai determinar o lockdown é a ocupação de leitos. Se chegar em uma situação insuportável, ele vai ter que ser feito. A busca hoje é para evitar chegar nisso, é uma decisão muito complicada e pesada, mas que vai ter que ser tomada se a gente chegar no limite. A população acha que porque tomou vacina pode sair badernando. É estritamente comportamental. Tudo que pode ser feito foi feito: o lockdown e a vacina", finaliza ela.



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