Estoque de água na Baixada Santista será ampliado com mais cinco reservatórios

Sabesp prevê a construção no valor de R$ 42 milhões ainda em 2022; veja as cidades contempladas

Por: Redação  -  16/01/22  -  06:53
Estação de Tratamento de Água em Cubatão faz parte de um sistema integrado de produção e será favorecida com obras em outros locais
Estação de Tratamento de Água em Cubatão faz parte de um sistema integrado de produção e será favorecida com obras em outros locais   Foto: Carlos Nogueira

A Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) planeja investir R$ 137 milhões, neste ano, na Baixada Santista. Nesse valor, estão R$ 42 milhões para a construção de cinco reservatórios em Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Santos e Peruíbe.


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As obras devem terminar até setembro, afirma a diretora de Sistemas Regionais, Mônica Porto. “Estamos fechando os dados do quarto trimestre de 2021, mas até o ano passado, no período, foram mais de R$ 326 milhões investidos em abastecimento, renovação de ativos e substituição de equipamentos”, calcula.


Segundo ela, o reservatório de Guarujá terá capacidade para 10 milhões de litros e será construído para evitar desabastecimento já na próxima temporada de verão. Em Itanhaém, o reservatório terá o mesmo tamanho e abrangerá parte do Litoral Sul da Baixada.


Bertioga e Peruíbe irão receber reservatórios de 5 milhões de litros cada. Santos terá um menor, na região do Caruara, na Área Continental, com capacidade de 500 mil litros. “Quando chega o pico da temporada, é o reservatório que não deixa faltar água”.


Outras obras
De acordo com Mônica Porto, também está previsto para este ano o término da duplicação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Mambu/Branco, em Itanhaém.


Serão 50 milhões de litros de água tratada, somando-se os 40 milhões projetados aos 10 milhões com os quais já se trabalha. Com o investimento, a vazão dobrará dos atuais 1,6 mil litros por segundo para 3,2 mil litros por segundo. “A entrada (dessa estação) em pré-operação será no segundo semestre deste ano”, diz.


A obra, de R$ 47 milhões, segundo a diretora, atende todos os municípios do Litoral Sul e alcança também Praia Grande e a Área Continental de São Vicente.


Reformas
Em Guarujá e em Vicente de Carvalho, há R$ 48 milhões em investimentos planejados. Serão 38 quilômetros de novas tubulações na Cidade e 22 no distrito.


Em Praia Grande, a Estação de Tratamento de Água Melvi, que já abastece parte da Cidade, continua em obras – que devem terminar em 2024, ao custo de R$ 62 milhões.


De acordo com Mônica Porto, R$ 227 milhões dos R$ 326 milhões investidos pela Sabesp no ano passado, na região, foram em tratamento de esgoto.


“A ETA Melvi era uma estação que, na época em que foi feita, trabalhava com um tipo de tratamento mais simplificado. À medida que a capacidade foi ampliada, investiu-se em melhorias no sistema, para que, quando houver oscilações no manancial (o rio), na Serra, a Cidade não sofra com esse problema (de falta de água)”.


A obra prevê geradores de energia dentro da própria tubulação — o chamado gerador anfíbio, para se economizar energia.


Depois de pronto, espaço será capaz de armazenar quantidade de água suficiente para assegurar o abastecimento de Guarujá por dois meses
Depois de pronto, espaço será capaz de armazenar quantidade de água suficiente para assegurar o abastecimento de Guarujá por dois meses   Foto: Rogério Soares

À espera de perícia
O projeto de um megarreservatório da Cava da Pedreira, às margens da Rodovia Cônego Domêni-co Rangoni, em Guarujá, aguarda nova avaliação de peritos, a pedido da Justiça Federal de Santos. Será a terceira, segundo a Sabesp. Depois de pronto, o espaço será capaz de armazenar 3 bilhões de litros de água bruta, o que garantiria o abastecimento de Guarujá por dois meses.


Pelo projeto, haverá interligação das adutoras de água bruta já existentes, que captam água dos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim, ao futuro reservatório. Um sistema de bombas fará com que a vazão fique adequada ao abastecimento. Além da água reservada, o empreendimento prevê a ampliação da capacidade de produção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Jurubatuba, de Guarujá, de 2 mil para 2,5 mil litros por segundo.


O reservatório da Cava da Pedreira também atenderia Cubatão. O sistema produtor de água na Baixada Santista é integrado e, quando necessário, transferem-se até 500 litros por segundo da ETA Cubatão para Guarujá por meio de uma adutora submarina.


Segundo Mônica Porto, a cava teve licença aprovada pela Agência Nacional de Mineração, que concedeu um bloqueio provisório à companhia para a licitação da obra.


O investimento é estimado em R$ 133,5 milhões. Há mais R$ 50 milhões, aproximadamente, previstos para indenização e desapropriação de imóveis na região.


O edital foi publicado em 17 de maio do ano passado, mas, após o pedido da Justiça Federal por uma nova perícia, em agosto, a Sabesp foi impedida de abrir os envelopes.


Também está pendente um acordo de direitos minerários com a Engebrita, empresa que explora minérios no local. “Se tudo correr direitinho, marcando a audiência para fevereiro, a gente espera conseguir abrir os envelopes de propostas em abril”.


Ainda de acordo com Mônica, será uma contratação em regime integrado. No primeiro ano de contratação, a empresa faz o projeto executivo da obra e providencia o licenciamento ambiental. Nos três anos seguintes, realiza-se a obra.


Segundo a diretora, a Cava da Pedreira deverá dispor de um gerador anfíbio, que fornecerá 20% da energia usada para o bombeamento da água.


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