Aposentada de São Vicente realiza sonho e é mãe de gêmeas aos 54 anos: 'Foi muito bem planejado'

Aylla e Antonella nasceram na segunda-feira (12), no Hospital São Lucas, em Santos

Por: Ted Sartori  -  17/12/22  -  07:47
Atualizado em 20/12/22 - 16:54
Rosemeire, o marido Alexandre e as filhas Aylla e Antonella: uma família feliz
Rosemeire, o marido Alexandre e as filhas Aylla e Antonella: uma família feliz   Foto: Alexsander Ferraz

Rosemeire Aparecida Ribeiro acostumou-se com a presença de crianças ao longo das duas décadas e meia como professora e, posteriormente, como coordenadora pedagógica em escolas municipais de São Vicente.


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Desde a última segunda-feira (12), a moradora da Vila Margarida passou a cuidar diariamente, ao lado do marido Alexandre Carvalho, de apenas duas crianças, porém muito especiais: aos 54 anos, ela se tornou mãe, com o nascimento das gêmeas Aylla e Antonella, no Hospital São Lucas, em Santos. Elas tiveram alta na quinta-feira (15).


“Sabia que aconteceria um dia. Encontrei a pessoa certa e foi tudo muito bem planejado, até porque sempre chequei minha saúde em exames de rotina e estava tudo bem. Se não estivesse, não traria uma criança ao mundo para sofrer”, afirma Rosemeire.


A aposentadoria, ocorrida aos 51 anos, foi a senha para que ela tentasse realizar o acalentado sonho, contrariando a receptividade de algumas pessoas com quem comentava de sua vontade, especialmente no período da gravidez.


“Já escutei, por exemplo, que eu era doida e que eu tinha que aproveitar para viajar. Mas minha vida não se resume nisso. Nem meu coração. Terei 100% do meu tempo disponível para elas”, conta.


Quando soube que seriam duas crianças, o controlador de acesso Alexandre Carvalho até tomou um susto, considerado gratificante por ele, quando filmava a realização do ultrassom. “Já estava perdendo as esperanças de ser pai. Mas havia uma luz no fim do túnel. Deus foi generososo e mandou duas meninas”, afirma.


Incomum


Há um ano, o casal procurou em Santos Condesmar Marcondes, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana. Como é praxe, ele recomendou que Rosemeire procurasse um cardiologista para saber da chance de gravidez.


“Ela tinha feito uma cirurgia para emagrecimento e estava absolutamente perfeita de saúde. O cardiologista liberou e nós fizemos a fertilização in vitro”, explica. O processo pode ser feito em mulheres acima de 40 anos, mas que estejam em condições saudáveis - não ter diabetes ou pressão alta, por exemplo,


“Só na última semana começou a dar uma pequena variação na pressão, mas muito pouca. Foi tudo bem. E o inchaço nas pernas, até porque são gêmeas”, revela o médico. A propósito de terem sido dois bebês, com uma média de 2,4 kg cada, Rosemeire figura em uma estatística incomum.


“De modo geral, transferimos dois embriões. Para que se tenha uma ideia, em 90% das vezes se implanta um, mesmo transferindo dois. Nos 10% restantes, se implantam os dois, levando em conta os casos que acontecem na clínica”, explica Condesmar.


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