Faltam vacinas do calendário infantil em cidades da Baixada Santista

Em 5 dos 9 municípios da região, há falta de 3 tipos de medicamento, que devem vir de outras cidades, diz Secretarias de Saúde de SP

Por: Da Redação  -  27/06/19  -  23:41
  Foto: Alexsander Ferraz / AT

Postos de Saúde de cinco das nove cidades da região registram desabastecimento de vacinas de imunização de crianças. As prefeituras de Santos, São Vicente, Guarujá, Mongaguá e Peruíbe reconhecem baixos estoques nas doses contra meningite, poliomielite (paralisia infantil) e de vacina pentavalente (usada na prevenção de doenças como difteria, tétano e coqueluche). A Secretaria Estadual da Saúde afirma realizar remanejamento das medicações entre regiões paulistas.


A pasta afirma que o problema tem se intensificado nos últimos meses, com a União enviando os medicamentos sem periodicidade certa e em quantidades insuficientes. De acordo com o Programa Nacional de Imunização, as doses são repassadas pelo Ministério da Saúde para os estados e, consequentemente, aos municípios. O órgão federal nega desabastecimento e cita falhas pontuais em determinados rótulos importados.


Prejuízo


O impasse já prejudica o atendimento ao público. Em Santos, por exemplo, a prefeitura avalia que cerca de três mil doses deixaram de ser aplicadas nas últimas semanas.


Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a vacina pentavalente e poliomielite oral estão em falta nas unidades de saúde “porque o município vem recebendo nos últimos meses doses insuficientes, sendo que a última remessa ocorreu há mais de dois meses”.


A pasta diz aguardar repasse de doses pelo governo estadual para reabastecer as policlínicas. “A orientação é que as pessoas aguardem a normalização dos estoques para que retornem às unidades”.


Em São Vicente, faltam doses pentavalente. Em nota, a daministração afirma estar “atendendo à demanda de acordo com as doses disponíveis nas unidades, e que aguarda o repasse dos órgãos competentes para a normalização dos estoques”.


Já Guarujá informa ter desabastecimento de pentavalente e tetraviral. “Essas doses são adquiridas pelo Ministério da Saúde, que já comunicou o município, por meio de notas informativas, de que há desabastecimento dessas vacinas”, informa, por nota.


Mongaguá diz ter estoque “bastante limitado”, sendo que em dois dos nove postos de saúde já não dispõem de doses de pentavalente desde a última semana. A administração cita também escassez de vacina de polio oral e tetravalente. Peruíbe reconhece estoque zerado de polio oral e baixo número de doses dos demais imunizantes.


Jogo de empurra


De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a aquisição e distribuição das vacinas são de responsabilidade do Ministério da Saúde. “O estado apenas redistribui para os municípios, à medida que os lotes chegam a São Paulo”, afirma, em nota.


Já o Ministério da Saúde informa manter a distribuição de vacinas em todo o país e trabalha na regularização dos estoques quando há necessidade. Afirma informar aos estados a situação de distribuição dos imunobiológicos ofertados à rede pública. E diz que não há desabastecimento de medicação.


O órgão diz ter distribuído, neste ano, três milhões de doses de pentavalente, cujo rótulo é importado. “Assim que os próximos lotes que já estão emposse do Ministério da Saúde forem liberados, novas doses serão enviadas aos estados”. O Ministério orienta aos profissionais de saúde das cidades com a baixo de estoque a fazer o agendamento da vacinação.


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