Operários de manutenção industrial rejeitam proposta de 5,1% de reajuste

Funcionários que atuam na montagem e manutenção no polo industrial de Cubatão, Baixada Santista e Litoral lotaram o auditório em assembleia

Por: De A Tribuna On-line  -  26/05/19  -  15:05
Categoria aprovou contraproposta de 6% de correção salarial aplicados também sobre os benefícios
Categoria aprovou contraproposta de 6% de correção salarial aplicados também sobre os benefícios   Foto: Divulgação/Sintracomos

Operários das 50 empreiteiras que atuam na montagem e manutenção no polo industrial de Cubatão, Baixada Santista e Litoral rejeitaram a proposta para renovação dos acordos coletivos na data-base de maio. A assembleia foi realizada na noite da última quinta-feira (23), no auditório da subsede do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), em Cubatão.


Os terceirizados rejeitaram 5,1% de reajuste apenas dos salários e aprovaram contraproposta de 6% de correção salarial aplicados também sobre os benefícios como vale-refeição, cesta básica e outros. O assunto será novamente debatido com as empresas, na próxima quarta-feira (29), na sede do sindicato, em Santos.


Segundo o presidente do sindicato, Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, a proposta da assembleia corresponde à inflação de 5,07% mais 0,93% de aumento real. Os 4.713 operários do setor têm média salarial de R$ 2.200,00 e Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) equivalente a um salário nominal.


Segundo o Sintracomos, na refinaria Presidente Bernardes (RPBC), o vale-refeição é de R$ 38,00. Na Yara, antiga Ultrafértil e depois Vale, o benefício é de R$ 28,70. O maior problema no setor, de acordo com o sindicalista, é a diferença salarial e de benefícios por fábricas e empreiteiras. Na Transpetro, por exemplo, os salários são maiores, apesar de inferiores às necessidades dos empregados.


O sindicato já teve quatro reuniões com as empreiteiras, com alguns avanços nas duas primeiras. “No geral, as empreiteiras já reduziram ganhos e direitos, após a reforma trabalhista de 2017. Agora, querem manter e em alguns casos até piorar as relações de trabalho”, reclamou Macaé.


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