Cubatão está entre os 25 municípios do Estado com maior arrecadação, tendo arrecadado R$ 953,9 milhões só em 2019, segundo dados da Fundação Seade. Devido ao caráter estratégico, sempre há uma grande disputa pelo poder no Município, que ao contrário das vizinhas Santos e São Vicente tem a eleição em um só turno. Não à toa, hoje, conforme apurado por A Tribuna, 14 nomes se apresentam como pré-candidatos a prefeito.
Porém, algumas alianças entre os postulantes ao cargo poderão ser confirmadas apenas nas convenções partidárias, entre os dias 31 deste mês e 16 de setembro. Eleito em 2016 com 28.455 votos (41,53% dos válidos), o atual responsável pela Administração Municipal, Ademário Oliveira (PSDB), buscará a reeleição, mas ainda não definiu o vice de sua chapa.
Quem ocupa essa função hoje é o engenheiro Pedro de Sá Filho, disposto a concorrer pelo PTB. Na atual gestão, ele esteve à frente da Secretaria de Planejamento e chegou a acumular as funções de titular das pastas de Educação e de Cultura.
Migração
O principal crítico da atual gestão na Câmara, Toninho Vieira (PP), também é um dos prefeituráveis. Vereador mais votado em 2016, ele, que integrava o PSDB, rompeu com Oliveira no primeiro ano de gestão e migrou à nova legenda em março deste ano, pois se fizesse isso antes poderia perder o mandato.
Embora a Executiva Municipal do PSL tenha anunciado apoio a Vieira, o médico e ex-secretário de Saúde Eduardo Paiva Magalhães se apresenta como pré-candidato pelo partido. Ele deixa claro que a decisão somente será confirmada nas convenções municipais.
A aposta do Republicanos para chegar ao comando é o ex-presidente da Câmara, Wagner Moura, que no último pleito para prefeito ficou em 2º, com 13.426 votos. “Entendo que a oposição precisa se unir na Cidade”, frisou ele, que faz parte de um grupo que tem outros pré-candidatos a prefeito, como o ex-secretário municipal de Planejamento e ex-titular da pasta de Finanças em Guarujá, Adalberto Ferreira (Pode).
Outro nome que surge na dispusta pelo executivo do município é do médico ginecologista Paulo Rosa (PV).
Distanciamento
Quem estava nesse grupo, mas se distanciou foi o ex-vereador José Hilário Roza (PTC), que sonha em chegar ao poder. Ele trabalha como gestor operacional administrativo e atua na área de Transportes e Logística há mais de 30 anos.
O economista Carlinhos de Freitas (DC) decidiu entrar na briga pelo Paço pela primeira vez, após ter atuado como secretário de Governo e de Cultura durante a gestão de Clermont Castor (PL - de 2001 a 2008).
Após comandar a Cidade por duas gestões consecutivas com Marcia Rosa (entre 2009 e 2016), o PT tentará voltar ao poder com a procuradora municipal Paula Ravanelli. Ela foi subchefe adjunta de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e assessora especial da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República entre 2003 e 2016.
Outro jurista que tentará chegar ao Executivo é o ex-vereador Severino Tarcisio da Silva, o Doda (Pros). No último pleito, ele ficou em 3º, ao obter 11.449 votos.
Após alcançar 3.111 sufrágios na Cidade, em 2018, quando se candidatou a deputado federal, o diretor licenciado do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista Fábio Mello foi indicado pelo PSOL para concorrer à Prefeitura.
O PMN também estará na briga pela principal cadeira do Paço com Carlos Eduardo da Silva, o Kadu. Formado em Mecânica e em Química, ele trabalha como fotógrafo e cinegrafista. Em 2018, lançou-se a deputado estadual, mas não conseguiu se eleger.
Por fim, o PMB tem como pré-candidata a enfermeira Sira da Silva. Ex-diretora do Departamento de Urgência e Emergência do Município e coordenadora da implantação da UPA do Parque São Luiz, ela já disputou a Prefeitura pelo PT, em 1996.