Homem com tumor cerebral tem piora aguardando por transferência na Baixada Santista

Com a ajuda do Ministério Público, foi emitido um documento na quarta-feira (17), que comprova a urgência do caso

Por: ATribuna.com.br  -  20/04/24  -  07:32
José está internado a espera de transferência
José está internado a espera de transferência   Foto: Reprodução

Uma família de Santos está passando por momentos de tensão em busca de uma vaga hospitalar que até este sábado (20) ainda não saiu. Parentes de José Roberto Cazela Alves, de 56 anos, afirmam que ele precisa de uma vaga com urgência para realizar a retirada de um tumor no cérebro e a demora faz com que o caso se agrave.


Em entrevista para A Tribuna, a ex-mulher de José Roberto, Rosimeire Aparecida de Silveira, de 53 anos, explica que ele passa por uma situação delicada, que teve início com uma forte dor de cabeça e sensação dos braços estarem adormecidos.


Preocupados com a situação, familiares decidiram levá-lo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, em Santos. Após a consulta, foi entregue a família um encaminhamento para neurologista, que estava marcado para o dia 3 de abril. Porém, José piorou antes da data. “Eu comecei a perceber que o rosto dele estava ficando meio torto e decidi tentar hospitais de outros lugares”, disse Rosimeire.


Angustiada com a situação, Rosimeire levou José para o Hospital Municipal de Cubatão, onde foi descartada a hipótese de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e encontrado um tumor cerebral. Para a retirada do tumor, o paciente precisa estar em um hospital que possa fazer o procedimento, já que o Hospital Municipal de Cubatão não o faz. Assim, a família vive momentos de tensão na busca por uma vaga.


Com a ajuda do Ministério Público, foi emitido um documento na quarta-feira (17), que comprova a urgência do caso de José e dado o prazo de três dias para a transferência. Antes de conseguirem a transferência, José foi negado pela Santa Casa de Santos e Complexo Hospitalar Irmã Dulce, em Praia Grande.


Em nota, o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista diz que o paciente foi inserido na regulação estadual no dia 10 de abril e, após avaliação do quadro clínico, a equipe médica foi orientada a inserir o caso na Rede Hebe Camargo para regulação, "não havendo necessidade de transferência hospitalar imediata".


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