Cubatão reurbaniza maior favela da Baixada Santista

Obras na Vila Esperança começam neste mês, com 800 moradias

Por: Da Redação  -  24/03/19  -  11:10
Conjuntos habitacionais terão estacionamento, salão de festas e áreas de lazer
Conjuntos habitacionais terão estacionamento, salão de festas e áreas de lazer   Foto: Prefeitura de Cubatão/Divulgação

As obras de reurbanização da maior favela da região começam no fim do mês. Serão construídas 800 unidades habitacionais na Vila Esperança, em Cubatão, que receberão 3.200 pessoas. O deficit habitacional da cidade, entretanto, é de pouco mais de 15 mil moradias, calcula a prefeitura.


A primeira fase do projeto prevê a construção de 80 apartamentos e obras de infraestrutura, como implantação de rede de água e esgoto, iluminação pública, asfaltamento de ruas e ciclovias.


Os trabalhos serão realizados nos fundos do conjunto habitacional Mario Covas, conhecido como antigo campo de futebol. Os apartamentos terão 49,8 metros quadrados, distribuídos em prédios de cinco andares, incluindo o piso térreo. A previsão de entrega é de dois anos.


Em seguida, serão construídas outras 720 unidades em áreas vizinhas à Unidade Municipal de Ensino Ulysses Guimarães.


Os conjuntos habitacionais terão estacionamento, salão de festas e áreas de lazer.


Os imóveis serão destinados a famílias já cadastradas no programa habitacional e não poderão ser alugados ou vendidos.


Os mutuários pagarão prestação de R$ 120 por mês, pelo período de dez anos.


O investimento do Governo Federal na obra é de R$ 130 milhões e prevê, ainda, a construção de uma escola de Ensino Fundamental e outra de Educação Infantil. A expectativa é que tudo fique pronto em quatro anos.


Benefícios


De acordo com o prefeito Ademário Oliveira (PSDB), a obra beneficiará toda a região. “O estuário é interligado. Ali é uma vala a céu aberto. As pessoas jogam seus dejetos ao ar livre. Natural que isso contamine o mar. Então, a urbanização tem caráter metropolitano, porque vai melhorar a balneabilidade das praias”, diz ele. “A gente vai dar um salto significativo para diminuir o deficit habitacional”, completa.


O problema, entretanto, ainda está longe de ser resolvido. O município tem cerca de 130 mil moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prefeitura calcula que 40% da população (50 mil pessoas) morem em áreas irregulares. Isso significa que o deficit é de pouco mais de 15 mil unidades.


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