Carga de soja esparramada por linha férrea gera fedor e atrai moscas em cidade da Baixada Santista

A linha férrea entre o Terminal Rodoviário de Cubatão e o viaduto da Vila Natal está complemente cheia de soja. Segundo relatos enviados a reportagem de A Tribuna, o local está em estado insalubre há aproximadamente 15 dias, atraindo moscas e mau cheiro. A concessionária, por sua vez, alega que a carga caiu na última sexta-feira (19).

De acordo com a moradora próxima da linha, Mauriceia Welareo, de 55 anos, o cheiro só piorou após vários dias intercalados de chuva e sol. "É um fedor de carniça insuportável. Cheio de mosca vindo no chão, nos pratos. Fica difícil de respirar e de até mesmo comer dentro de casa. Minha neta saiu no quintal e disse que não dava pra ficar ali", relata.

"A passagem de carros e pedestres também está cheia. Você pisa em cima de soja pra passar. Sem condições", conta a vítima da situação, indignada.

Em nota, a Prefeitura de Cubatão informou que a área em questão é de responsabilidade da concessionária da ferrovia. A Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos (SESEP) acionou a Fiscalização, para elaborar um relatório da situação, e deverá notificar a empresa responsável sobre o ocorrido, cobrando providências imediatas.

A Rumo Logística, concessionária responsável pelo trecho, disse que uma composição de soja foi vandalizada por criminosos na Vila Natal. Entretanto, garantiu que a Polícia Militar (PM) já está trabalhando na identificação dos responsáveis.

“O setor ferroviário vem sofrendo ataques de uma rede criminosa que pratica saques de cargas e atos de vandalismo na Baixada Santista. Para enfrentar essa situação, a concessionária mantém contatos frequentes com a Secretaria de Segurança Pública e com os comandos gerais das Polícias Militar e Civil, responsáveis pelo combate contra os crimes. As ações de repressão feitas pelo Poder Público foram intensificadas neste ano e já há efeitos positivos, como a prisão de suspeitos e a consequente desarticulação dos saques”, informou em nota.

A empresa também citou ter contratado um efetivo de segurança interna e que está cooperando com as autoridades com informações que possam ajudar nas investigações. Sobre a carga derramada pelos criminosos, a Rumo afirmou que está empenhada em recolher o produto, mas os atos de vandalismo dificultam as ações de limpeza.