Comércio da Baixada Santista festeja horário ampliado e bares se revoltam com governo

Estado reduz horário de bares, mas permite que estabelecimentos comerciais e shoppings tenham período de funcionamento ampliado

Por: Da Redação  -  12/12/20  -  10:10
Bares deverão fechar as portas até 20 horas; restaurantes, até 22 horas
Bares deverão fechar as portas até 20 horas; restaurantes, até 22 horas   Foto: Matheus Tagé/AT

“O bom senso prevaleceu”, mas a novidade “ainda não nos atende”. Assim comentou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, Omar Abdul Assaf, ao saber, por A Tribuna da autorização para que o comércio funcione por duas horas a mais, no Estado, a partir deste sábado (12).


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O comerciante acredita, porém, que “eles (o Governo Estadual) deveriam ser mais ousados”. Por exemplo, permitindo a “grandes lojas e shoppings” que desejassem abrir por 24 horas. “Num ano como este, as pessoas vão comprar presentes para o filho, o pai, a mãe”, considera Assaf.


“Pedimos um pouco mais de liberdade. Sofremos com a pandemia. O comércio ficou um bom tempo fechado. (...) É importantíssimo esse dinheiro (dos consumidores em compras para as festas), pois vamos iniciar um ano muito difícil, sem auxílio emergencial”, enumera o dirigente.


Mesmo com o maior período autorizado de funcionamento em São Paulo e, por consequência, na região, o aumento na jornada de trabalho não deverá resultar em mais empregos. “O choque do governador (João Doria, ao anunciar a fase amarela no fim de novembro) foi muito fatal. Muitos contratam por impulso, acreditando que as vendas vão ser boas. Foi um balde de água fria.”


Medida "inócua"


“Estou pasmo”, diz o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Região (SinHoRes), Heitor Gonzalez. 


Ele relata que “a categoria está revoltada” e antevê uma “revolução”, no sentido de que prefeitos façam como em parte das cidades locais: descumpram as normas impostas pelo Estado. 


Sem saber como as cidades reagirão, Gonzalez afirma que o setor aguardará medidas municipais antes de se cogitar uma solução jurídica. “A pessoa vai jantar e não pode tomar um vinho. A molecada não vai a restaurante (fazer aglomerações). E restaurante só vende bebida desde que a pessoa jante. É uma medida inócua, descabida”, pontua.


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