Carnaval: Uma festa que divide opiniões

Entre foliões e não adeptos, o feriado ainda é um dos mais comentados do país

Por: Verônica Sampaio & De A Tribuna On-line &  -  01/03/19  -  10:33
E você, de que lado fica?
E você, de que lado fica?   Foto: Arquivo Pessoal

O carnaval ocupa um lugar especial no coração de muitas pessoas. Alguns aproveitam a época para se preparar para os desfiles, outros acompanham os bloquinhos. Mas, existem também aqueles que fogem da folia, preferem viajar ou compartilhar o momento com amigos. De qualquer forma, o carnaval esta aí, e cada um aproveita da forma que preferir.


Samuel Rigueiral Alves, de 39 anos, não é fã dessa época. O jornalista conta que não gosta de samba-enredo e do tipo de música que normalmente acompanha essa festa. “Seja em bloco de rua, bailes nos clubes ou baladas, tudo nessa época reflete o carnaval”, disse.


Para Samuel, o ideal é sempre viajar para longe de qualquer “batuque ou ziriguidum”. Pode ser ao interior, onde é possível reunir amigos que também não gostam de carnaval . “Quando não é possível viajar, tentamos dentro da programação da cidade achar algum lugar que tenha bandas covers de heavy metal e rock”, comentou.


O jornalista revela que a época comemorativa que mais gosta é a das festas juninas. “Essa sim, é a data mais brasileira de todas! Só pelo fato de ser uma época de mais frio, já deixa a festa muito interessante e gostosa. Comidas típicas, quermesses, acho tudo bem divertido”, relatou.


Samuel ainda tem amigos que o acompanham. “Eles curtem as mesmas coisas que eu. Em 2017, para minha alegria, meu aniversário caiu justamente em uma segunda-feira de carnaval. Reuni uns amigos mais próximos e organizamos uma viagem para o Chile, em Santiago. Foi bom passar uns dias em uma cidade que respira música pesada e com paisagens incríveis”, revelou.


Samuel e seus amigos no carnaval de 2017, no Hard Rock de Santiago, no Chile
Samuel e seus amigos no carnaval de 2017, no Hard Rock de Santiago, no Chile   Foto: Samuel Rigueiral Alves/Arquivo Pessoal

Já Giselle da Silva, de 33 anos, não só é fã do carnaval, como também é princesa da escola de samba Unidos dos Morros. A auxiliar administrativa conta que esse amor pelo carnaval e pelo samba vem de berço. “Minha família é desse mundo, lembro de quando tinha apenas 7 anos e ia para a avenida ver meus familiares”, disse.


Giselle conta que existe todo um preparo para essa época do ano. “Já é habitual fazer musculação o ano todo, porém, quando começam os ensaios na quadra, próximo do carnaval, dou uma intensificada nos treinos, para obter mais resistência e conseguir ganhar massa muscular”, revelou.


Giselle da Silva desfilando no Carnaval de Santos 2019
Giselle da Silva desfilando no Carnaval de Santos 2019   Foto: Divulgação/Eddie Gomes

Ela diz que, em sua família, há várias pessoas que vivem o carnaval o ano inteiro. Elas produzem as próprias fantasias, desfilam em escolas de samba de Santos e tocam na bateria. “Meu filho Heitor, que hoje está com 3 aninhos, desfilou a primeira vez na minha barriga, com 8 meses. Cada um tem sua agremiação, porém, o amor é o mesmo”, comentou.


Para Giselle, o carnaval vai além da avenida. “Não é só bunda e seios de fora, não é só baderna, como muitos julgam. Carnaval também é união, superação, dentre outras coisas. Isso, para mim, significa vida, sonhos e realizações. É um momento em que transbordo felicidade, já faz parte da minha vida, está no meu sangue, não me vejo fora dele”, finalizou.


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