Baixada Santista amplia função social por meio da coleta seletiva

Serviço não só beneficia o meio ambiente como muda a vida de catadores que conseguem obter renda a partir do que vem do lixo

Por: Da Redação  -  20/08/19  -  01:39
Em Santos, estima-se que cada cooperado ganhe R$ 700,00 mensais
Em Santos, estima-se que cada cooperado ganhe R$ 700,00 mensais   Foto: Irandy Ribas/ AT

Além do benefício ambiental, destinando corretamente materiais reciclados, a coleta seletiva também tem função social na Baixada Santista. Por meio desse trabalho, catadores que antes atuavam nas ruas de forma precária conseguem ter uma renda a partir do que vem do lixo. 


Em Praia Grande, a coleta aumentou e há possibilidade de que novas cooperativas passem a atuar em parceria com a prefeitura. Lá, a quantidade de material recolhido até o mês de julho deste ano já atingiu 84% do total coletado em 2018.  


A explicação para o aumento está na ampliação da frota que faz o serviço. Até maio, a cidade contava com três caminhões, que passavam uma vez por semana nos bairros. Agora, com seis veículos, é possível passar três vezes semanalmente pela mesma região. 


“Em três meses, triplicamos o volume de coleta. Só em julho foram 440 toneladas e queremos aumentar. Hoje, esse serviço representa 5% da coleta domiciliar. Queremos até o próximo ano chegar a 10%”, explica o secretário de Serviços Urbanos de Praia Grande, Katsu Yonamine. 


Esse crescimento fez com que a prefeitura começasse a estudar um novo chamamento para que mais associações de catadores participem do trabalho. Hoje, duas entidades reúnem mais de 100 cooperados, responsáveis pela separação e encaminhamento do material recolhido. 


Em Santos, onde foram recolhidas 5.380 toneladas até julho, existem três cooperativas de catadores, que empregam juntas cerca de 120 pessoas. Uma delas é a ONG Sem Fronteiras. 


“Mesmo tendo mais trabalho por causa do volume, a renda do catador não mudou tanto, pois é muito barato o preço de venda desse material. Hoje, temos a média de 40 pessoas trabalhando conosco, mas poderiam ser mais. Diria que há oportunidades para mais umas 500 pessoas”, avalia o presidente da entidade, Marcelo Adriano. Segundo ele, cada cooperado obtém R$ 700 por mês. 


Na região 


Guarujá não realiza coleta seletiva porta a porta. Os moradores têm que levar os materiais a um dos quatro pontos de coleta. Mas tudo é processado por cooperativas. Entre maio de 2018 e abril deste ano, foram coletadas 1.665 toneladas. 


Outras cidades da Baixada contam com cooperativas para realizar o trabalho. A exceção é Peruíbe, que ainda não tem coleta seletiva e elabora um processo de contratação para que uma cooperativa assuma o programa. 


Voluntários limpam trecho de praia: conscientização 


Cerca de 80 voluntários passaram a manhã deste domingo (18) no Emissário Submarino, em Santos, dando exemplo de cidadania e de cuidados com o meio ambiente. Durante duas horas, eles colocaram em prática uma lição simples e básica: lugar de lixo é no lixo. 


Com esse conceito, recolheram 41 kg de materiais que estavam na faixa da areia ou escondidos nas pedras. “É um trabalho de conscientização ambiental para chamar a atenção das pessoas que estão no entorno”, diz Henrique Lesser Pabst, presidente da Comissão Municipal da Juventude, entidade que participou do evento junto com a ONG Ecofaxina. 


A advogada Luísa Pires, de 26 anos, levou a filha Marcela, de 5, para dar a sua contribuição. “Me identifico com a causa. A gente tem que cuidar do planeta e ela aprende desde cedo”, afirma. 


Leonardo Oliveira Alonso, 18 anos, e Ramon Dantas Lopes, de 16, participam do grupo Patrulheiros Solidários e reforçaram o time em defesa da natureza.  


“Aprendo sempre. Não sabia que o microlixo mata a vida marinha e não necessariamente o lixo de grande porte”, diz Leonardo. 


Ramon se impressionou com os itens encontrados. “Achei cabide e até fechadura. Falta conscientização”. 


A estudante Anna Julia Urbano Frizera, de 19 anos, e a avó Elizabeth Urbano, de 58, encararam a missão pela primeira vez e também se surpreenderam. “Somos nós, humanos, racionais, que fazemos isso com o meio ambiente. É muita falta de respeito com a natureza”, afirma Elizabeth. 


Como funciona em cada município


Bertioga  


Segunda-feira: Maitinga (antigo Maitinga e Vila Agaó) e Rio da Praia (Sesc).  


Quarta-feira: Centro (antigo Centro, Vila, Jardim Veleiro, Jardim Lido, Vila Clipper, Vila Itapanhaú, Jardim Paulista e Parque Estoril), Albatroz (Albatroz I e II) e Jardim Vicente de Carvalho (apenas na avenida principal).


Quinta-feira: Indaiá.  


Terça e sexta-feira: Guaratuba.  


Outros bairros: quem mora em regiões que não contam com coleta seletiva porta a porta pode ir a locais de entrega voluntária (LEVs), em estabelecimentos comerciais ou repartições públicas.  


Cubatão  


Segunda-feira: Bolsão 7, Jardim Nova República, Jardim Real e Bolsão 9, Ilha Caraguatá, Proj. São José, Proj. São Pedro, Proj. São Benedito, Proj. Nhapiun, Conj. Habitacional Rubens Lara, Conj. Habitacional São Judas Tadeu e Vila dos Pescadores.  


Terça-feira: Jardim Costa e Silva, Conj. Marechal Rondon, Parque Fernando Jorge, Santa Tereza, Vila Úrsula, Vila América, Jardim Anchieta, Conj. Afonso Schmidt, Jardim das Indústrias, Jardim São Francisco, Av. Nove de Abril, área central, Jardim Nossa Senhora de Fátima, Vila Couto, Vila Paulista, Avenida Henry Borden (lado ímpar) e Vila Esperança.  


Quarta-feira: Vila Nova, Gleba B de Vila Nova, Jardim 31 de Março, Vila Santa Rosa, Jardim Padre Manoel da Nobrega, Avenida Henry Borden (lado par), Costa Muniz, Rua do Curtume e Vila Elizabeth.  


Quinta-feira: Jardim Casqueiro, Vila Bandeirantes, Vila Ponte Nova e Parque São Luiz.  


Sexta-feira: Vila Natal, Conj. Mário Covas, Caminho 2 da Vila Natal, Vila São José e Vale Verde.  


Alternativa: a Prefeitura possui, ainda, 48 pontos de coleta, chamados locais de entrega voluntária (LEVs).  


Guarujá  


Não tem coleta nos bairros. Os moradores podem levar os materiais aos pontos de entrega, de segunda a sábado: Praça 14 Bis (Vicente de Carvalho), Praça dos Expedicionários (Praia de Pitangueiras), Praça Possidônio Xavier (Santo Antônio) e Praça do Povo (Santa Rosa).  


Itanhaém  


A coleta é feita de acordo como cronograma da cooperativa que faz o serviço. Os moradores devem entrar em contato pelo telefone 3427-6470 para cadastrar o endereço.  


Alternativa: outra opção é procurar os pontos de entrega voluntária (PEVs) dos bairros Sabaúna (Rua José S. Bechelli, 1.351), Balneário Gaivota (Rua Pará, s/nº , no antigo Terminal Rodoviário) e Suarão (base da Guarda Civil Municipal).  


Mongaguá  


Segunda-feira: Loty (lado morro), Agenor de Campos, Jussara, Centro e Vila São Paulo.  


Terça-feira: Itaóca, Santa Eugênia, prédios cadastrados e Centro.  


Quarta-feira: Jardim Praia Grande, Nossa Senhora de Fátima, Pedreira, Centro e Vera Cruz.  


Quinta-feira: Jussara, Itaóca, Agenor (todo lado da praia) e Centro.  


Sexta-feira: Santa Eugênia, Jardim Praia Grande, Nossa Senhora de Fátima (todo lado da praia), Centro, Vila Atlântica (lado praia) e Vila São Paulo.  


Sábado: Nossa Senhora de Fátima, Agenor de Campos, Loty e Flórida (lado praia).  


Domingo: mercados cadastrados.  


Peruíbe  


Não tem coleta seletiva.  


Praia Grande


Caminhões passam meia hora antes da coleta de lixo comum pelos bairros, respeitando sempre o mesmo cronograma.  


Terça, quinta e sábado (dia): Anhanguera, Antártica, Glória, Nova Mirim, Quietude, Santa Marina, Sítio do Campo (lado Guaramar), Tupiry e Vila Sônia.  


Segunda, quarta e sexta (noite): Aviação, Boqueirão, Canto do Forte, Guilhermina, Sítio do Campo (lado Kartódromo) e Tupi.  


Terça, quinta e domingo (noite): Caiçara, Maracanã, Mirim, Ocian e Real.  


Segunda, quarta e sexta (dia): Cidade da Criança, Esmeralda, Flórida, Melvi, Princesa, Ribeirópolis, Samambaia e Solemar.  


Santos  


Segunda-feira: 8h, Estuário, Piratininga, São Manoel, Alemoa e Macuco; 13h, Boqueirão.  


Terça-feira: 8h, Santa Maria, Bom Retiro, Vila Belmiro, Valongo, Morro São Bento, Boa Vista, Pacheco e Vila São Bento; 13h, Campo Grande.  


Quarta-feira: 8h, Paquetá, Vila Nova, Centro e Jardim Castelo; 13h, Marapé, Gonzaga (zona comercial) e Aparecida.  


Quinta-feira: 8h, Rádio Clube, São Jorge, Chico de Paula, Jabaquara e Monte Serrat; 13h, Pompeia, José Menino e Gonzaga (comercial/ residencial).  


Sexta-feira: 8h, Vila Mathias, Areia Branca e Gonzaga (zona comercial); 13h, Embaré.  


Sábado: 8h, Caneleira, Saboó e Encruzilhada; 13h, Ponta da Praia, Gonzaga (zona comercial) e Morro Nova Cintra.  


São Vicente  


>> Área Continental  


Segunda-feira (manhã): Humaitá e Parque Continental.  


Terça-feira (tarde): Jardim Irmã Dolores e Vila Ponte Nova.  


Quarta-feira (manhã): Parque das Bandeiras, Vila Nova São Vicente, Vila Ema, Vila Matias e Vila Iolanda.  


Quinta-feira (tarde): Gleba II.  


Sexta-feira (manhã): Samaritá, Jardim Rio Negro e Rio Branco.  


Sábado (manhã): CDP.  


>> Área Insular  


Segunda-feira: Gonzaguinha, Centro, Boa Vista, Ilha Porchat, Itararé, Divisa, Vila Valença, Vila Voturuá e Jardim Independência. Terça-feira: Vila São Jorge, Jardim Guassu, Vila Melo, Vila Cascatinha (entre a Rua Alberico Robilard Marigny e a Av.Mota Lima) e Parque São Vicente.  


Quarta-feira: Catiapoã, Vila Melo, Av. Mota Lima, Japuí, Vila Nossa Senhora de Fátima (entre a Av. Manoel de Abreu e a Av. Eduardo Souto) e Jóquei Clube.  


Quinta-feira: Centro, Gonzaguinha, Boa Vista, Ilha Porchat, Itararé, Divisa (Av. Presidente Wilson, Av. Quintino Bocaiúva e Rua Rangel Pestana), Vila Nossa Senhora de Fátima (entre Av. Manoel de Abreu e Rua Frei Gaspar) e Parque Bitaru.  


Sexta-feira: Beira Mar, Cidade Náutica, Vila Valença, Vila Voturuá e Jardim Independência.  


Sábado: Cidade Náutica (Náutica III), Tancredo Neves, Esplanada dos Barreiros e Vila Margarida.


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