Workshop gratuito de Dancehall acontece nesta sexta-feira em Santos

Objetivo é difundir o estilo de dança na Baixada Santista

Por: Matheus Müller  -  23/11/18  -  13:11
  Foto: Divulgação

Um ritmo envolvente da terra de Bob Marley será apresentado nesta sexta-feira (23), às 19 horas, na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Não, não é reggae, mas uma variação dele. Trata-se do Dancehall, que tem uma pegada mais rápida e eletrônica. O 1º Workshop Internacional de Dancehall da Baixada Santista é gratuito e está aberto ao público. O objetivo do evento é difundir essa cultura em Santos.


“A dança é bastante conhecida no sul do Brasil, em São Paulo, mas vejo que em Santos ainda não. Queremos fazer uma demonstração”, diz Juliane Farias Biscardi, bailarina da Cia. Atitude de Garopaba, professora e coreógrafa de Dancehall e membro da equipe Jamaica Fusion Skankaz.


Nascida em Santos, mas há quatro anos morando em Santa Catarina, Juliane voltou ontem de Kingston, capital da Jamaica, onde esteve por dez dias para se conectar ainda mais ao estilo. Ela veio acompanhada de Eric Fusion Skankaz, diretor da Jamaica Fusion Skankaz, e Juliano Nunes, diretor, professor e coreógrafo em Pindamonhangaba e membro da equipe da Jamaica Fusion.


O trio será responsável pela apresentação do Dancehall no Ginásio da Faculdade de Educação Física de Santos (Fefis - Unimes). “A dança precisa trabalhar a arte e a alma. Queremos mostrar isso”. Segundo a professora, a música é chamada de Raga Muffin e fala sobre os mais variados assuntos, de amor a críticas sociais.


Mais que o Samba


O estilo nasceu no final dos anos 1970 e, hoje, faz parte da cultura do povo jamaicano, que aprende desde muito jovem os passos da dança. “É mais conhecido entre eles do que o samba é para o brasileiro. Aqui muita gente não sabe sambar”, diz Juliane. “Estive em Kingston e lá as salas de aulas são nas ruas, em terrenos vazios, dentro de bares. O que eles têm é o som e as aulas muito boas. É impressionante a didática para mostrar e ensinar o movimento do corpo. É algo nato”.


Não é dança de academia


Diferentemente da zumba, que reúne diversos tipos de danças, e dos demais estilos que eventualmente possam ser usados em aulas de ginástica para a queima de calorias, Juliane defende que o Dancehall é uma expressão corporal de algo que toca a alma.


“Respeitamos muito a origem do Dancehall, que é dividida em três fases: Old School, que traz a base, a raiz e o gingado, a Midle School, que começa a trazer novos movimentos e New School, que traz variações mais recentes”.


Serviço


A Fefis fica na Rua Barão de Paranapiacaba, 15, na Encruzilhada, em Santos.


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