Raul Gazolla revela plano de amigo para matar o assassino de Daniella Perez

O ator, de 65 anos, contou que um colega quis vingar a morte da mulher após a prisão do assassino, mas ele conseguiu dissuadi-lo do plano.

Por: Por ATribuna.com.br  -  09/01/21  -  15:42
Na época do crime, Raul Gazolla era casado com a atriz  Daniella Perez
Na época do crime, Raul Gazolla era casado com a atriz Daniella Perez   Foto: Reprodução

O ator Raul Gazolla, 65 anos, revelou que um amigo planejou matar Guilherme de Pádua, um dos responsáveis pelo assassinato da atriz Daniella Perez em 1992. A ideia era incendiar o distrito policial no qual o réu confesso do crime estava detido. Naquela época, Gazolla era casado com a atriz, que era protagonista da novela De Corpo e Alma (1992).


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Guilherme contracenava com a filha da autora Gloria Perez, e o ator queria que a jovem insistisse com sua mãe para que ele tivesse mais espaço na trama. Ao se sentir contrariado, ele assassinou Daniella a facadas no Rio de Janeiro, com ajuda de sua então mulher, Paula Thomaz. Ele passou seis anos de prisão e está livre desde 1999.


Gazolla afirmou que conseguiu convencer o amigo a desistir da ideia depois de duas horas. “Foi porque sou gente boa? Não, mas porque sabia que a história estava mal contada, que tinha mais coisa aí. O rapaz precisava viver para ele contar a verdade. Depois de duas horas ele deixou correr na Justiça. Além do mais, quando você explode a 16ª para matar alguém, você vai matar inocentes. Eu não posso dormir com esse barulho nessa cabeça”, ressaltou.


Ele afirmou ainda que chegou a sofrer quatro infartos por conta do estresse que passou em função da morte da ex-mulher, salientou que não gosta de falar muito sobre o caso, e disse que o que mais o incomoda na história é a postura do assassino.


"A única coisa que me incomoda muito, na verdade, mesmo tentando ser uma pessoa melhor, é que ele sempre veio a público e disse 'aconteceu o que deveria acontecer'. Nunca disse 'que merda que eu fiz', nem ele nem a mulher. Então, eu rezo todos os dias para que a gente não se encontre. Todas as entrevistas que vi dele ele nunca se arrependeu. O que ele carrega dentro dele é 'perdi a oportunidade de continuar sendo ator', que era tudo pra ele", pontuou.


Ele ainda contou que teve dificuldade para terminar de gravar Deus Nos Acuda (1992) em virtude de seu estado emocional após a trágica morte da companheira. "No primeiro ano, me mantive um cara normal, mas eu não andava, não sentia o chão porque eu não conseguia entender como é que alguém poderia matar uma pessoa com quem estava contracenando e que não havia feito nada de mau", desabafou.


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