O Instituto Procomum desenvolve, por meio do Lab Procomum, um projeto batizado de LAB Negritudes, em parceria com o Instituto Ibirapitanga, do Rio de Janeiro. Em andamento desde 2020, o projeto traz ações e conteúdos criados por artistas e desenvolvedores de tecnologias. O projeto partiu de uma pesquisa desenvolvida em 2018 pelo jornalista Marcos Augusto Ferreira, chamada de
“A gente fala que é pesquisa-ação porque tem esse caráter de estimular ações, atividades, juntar pessoas. A gente teve várias frentes, ligadas ao tema”, explicou Luíza Xavier, coordenadora de Comunidades e Experimentações do Procomum.
O intuito é resgatar memórias de povos negros da região da Baixada Santista, especialmente Cubatão e Santos. Foi com base nela que outros grupos dentro do LAB Procomum desenvolveram ações para evidenciar o protagonismo negro.
“É uma questão de trazer à tona essa história toda. Minha ideia é levantar um pouco da participação dos negros aqui na cidade de Santos”, explica Marcos Augusto Ferreira, autor da pesquisa.
No LAB Negritudes, há projetos como o Trakitanas, que faz invenções com materiais de descarte. Eles criaram uma caixa de contação de histórias inspirada em Santos. “Essa caixa preta é uma maquete de Santos e a partir dela contaram a história do Município. Outro grupo que mexe com fotografia fez uma pesquisa fotográfica de memórias, e os artistas foram atrás de histórias da própria família e fizeram ensaios fotográficos”, contou Luíza.
A ideia, segundo ela, é que o projeto tenha continuidade no próximo ano, mais uma vez com o apoio do Ibirapitanga. “A ideia é difundir e divulgar mais os resultados e os produtos do primeiro ano de pesquisa, além de ampliar a nossa rede na Baixada Santista para falar desse tema. Ao trazer à tona o passado, a gente traz à tona o presente. Foi um projeto muito bonito, sensível. Santos é muito significativa, foi uma cidade que era reconhecida como terra da liberdade e pouca gente sabe disso”.