O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos decepciona na telona

Nova produção da Disney deixa a desejar com enredo e produção bem confusos

Por: Rubens Ewald Filho - Crítico de Cinema  -  01/11/18  -  15:10
Nem elenco consegue segurar problemas explícitos do longa
Nem elenco consegue segurar problemas explícitos do longa

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos tem direção de Lasse Hallstrom (realizador sueco que já teve certo prestígio como em Chocolate, Regras da Vida e Gilbert Grape) e Joe Johnston (Capitão América e Jumanji). Ambos estão em franca decadência artística.

Sempre brinquei que os estúdios Disney, desde que ficaram tão ricos, ultimamente não têm mais chance de descansar, porque já há demasiadas danças rolando em fortunas de grana e, por isso, deixa de impressionar, simplesmente pelo prazer de perder dinheiro e usar o filme para servir de despesa e, assim, deixa o governo americano feliz!

Até porque acho que este é o pior de todos os Disney, do que já vi nos últimos anos, uma fantasia insuportável, de mau gosto, feia, com história mal contada e profundamente irritante. Mesmo com a ficha técnica abaixo: nada se salva.

Dá a impressão de que se perdeu numa tentativa de dar vida ao famosíssimo balé que todos os anos nos EUA eles montam em grande estilo, e até certa classe, o célebre Quebra-Nozes. Que vem a ser geralmente um deleite para crianças locais. Só que aqui faltaram ideias e tudo foi ficando imbecil.

O elenco está completamente perdido, apesar da presença de gente famosa: a bela e jovem Mackenzie Foy faz a heroína, de Interstelar e Invocação do Mal. Seguem: Helen Mirren (quase impossível de se descobrir), Morgan Freeman, Ellie Bamber, Matthew McFayden, Keira Knightley, tudo numa sucessão infinda de danças mal realizadas, situações constrangedoras e assim por diante.

Garanto para vocês que este é um dos piores filmes que já assisti na vida, nem para tirar sarro, nada disso dá certo. Diz o resumo: Tudo que Clara quer é uma chave, do tipo daquelas que abrirá um caixa secreta que esconde um presente valioso que pertenceu à sua mãe! Por sorte, porque depois de uma festa anual de Natal encontram a bendita chave quando Clara encontra um soldado chamado Philip, que vive num bando de ratos, e fica com ele, na esperança de ir parar morta (no mais total estilo do mestre), porque existe um prêmio caríssimo que foi presente para a mãe falecida. Mas ele desaparece de novo num misterioso mundo paralelo.

Há ameaças, perigos, surpresas e a necessária visita à casa da Mãe Ginger, para conseguir de volta a chave de Kay. Tudo que Clara quer é uma chave e assim esta será libertada. Claro que a Rainha tem uma chave diferente de todas as outras e consegue entrar num estranho mundo paralelo e assim por diante…

Não cheguei a dormir ou entender quase tudo. Não se pode esquecer que tudo se passa num universo mágico e nos três reinos da neve, das flores e dos doces. E haverá um reino a mais, onde vive a tirana mãe Ginger, que se espera faça retornar a harmonia. Entenderam? Nem eu...





O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (The Nutcracker and the Four Realms). EUA,18. Disney. 1h39. Direção de Lasse Hallstrom. Com Mackenzie Foy, Helen Mirren, Morgan Freeman, Ellie Bamber, Matthew McFayden, Keira Knightley.

Em cartaz no Cinesystem PG, Cinemark Praiamar, Roxy Cubatão, Roxy Pátio Iporanga, Roxy Gonzaga, Roxy Brisamar


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