Museu do Café de Santos estimula a inclusão com 'Programa Ser'

Projeto Santos às Cegas também é opção de atividade cultural inclusiva na região; confira

Por: Beatriz Araujo  -  13/03/21  -  12:33
Museu completou 23 anos e tem vários projetos e ações educativas
Museu completou 23 anos e tem vários projetos e ações educativas   Foto: Divulgação

O Museu do Café, situado no Centro de Santos, trabalha para que a beleza de seus vitrais, a textura dos famosos grãos e a história por trás do local vá ao encontro de todos. Há cerca de cinco anos, por meio do Programa Ser, realizado pelo setor educativo do museu, são lapidadas iniciativas, projetos e mecanismos que buscam proporcionar acessibilidade, inclusão e autonomia.


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“A história do café envolve o processo de transformação da cidade de Santos. Então, tornar esse conteúdo acessível a todos os públicos proporciona uma noção de identidade, que contribui para a preservação da história e o desenvolvimento pleno da cidadania”, explica a gestora do setor educativo do Museu do Café, Daniella Oliveira.


Ao chegar no museu, que completou 23 anos nesta sexta-feira (12), há folderes em braile e com as letras aumentadas. Além disso, dispositivos com audiodescrição no salão principal possibilitam que pessoas com deficiência visual sintam a arte que há no espaço. Segundo Daniella, também são contratados intérpretes de libras quando há ações específicas.


Dados divulgados pelo Museu do Café revelam que, antes da pandemia, de 2015 até 2019, foram realizadas cerca de 1.060 visitas mediadas e mais de 850 ações educativas vinculadas ao Programa Ser. Dentre os projetos realizados pela instituição na área da acessibilidade, há o Ateliê Calixto, Sentidos do Café, Cercanias, Oficinas Mini Barista e Meu Expresso.


Mais informações e novidades sobre estes projetos do Programa Ser, do Museu do Café, estão disponíveis no site do museu.


Visita virtual


Por conta da pandemia, o trabalho em torno da inclusão também passou a integrar o ambiente virtual. No canal do YouTube do Museu do Café, por exemplo, é possível assistir contações de histórias com libras e legendas.


Também é possível fazer uma visita virtual ao Museu, que está fechado por conta da pandemia, por meio do Google Arts & Culture.


Santos às Cegas


Este é um dos projetos que promove uma experiência cultural inclusiva na Cidade. Com um triciclo duplo e monumentos em miniatura, o professor Renato Frosch guia passeios pela orla santista falando sobre pontos turísticos, para que os participantes possam “enxergar aquilo que não é visto no dia a dia, independentemente de ter visão ou não”.


Renato Frosch é professor e trabalha com inclusão há cerca de quatro anos
Renato Frosch é professor e trabalha com inclusão há cerca de quatro anos   Foto: Divulgação

O projeto teve início em 2020, ao ser contemplado pelo Prêmio Alcides Mesquita, o Mesquitinha, da Prefeitura de Santos. Já as miniaturas usadas no processo, feitas em impressão 3D, são uma prática educativa que Frosch desenvolve há cerca de quatro anos.


OSantos às Cegasfoi criado para atender a todos, mas o idealizador explica que muitas pessoas com deficiência visual o procuram por conta da vivência que o passeio proporciona: “A educação, sobretudo, é um ato de inclusão”, acredita Frosch. Veja mais no Instagram@con_tacto3d.


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