Maria Sil reforça luta pelos direitos da mulher com novo single

Canção Medo Azul foi feita em parceria com Socorro Lira, e será lançada em abril

Por: Júnior Batista  -  10/03/21  -  12:48
Sil se aproximou de Socorro pelas redes sociais durante a quarentena
Sil se aproximou de Socorro pelas redes sociais durante a quarentena   Foto: Bete Nagô/Divulgação

A cantora e produtora cultural Maria Sil está gravando o single Medo Azul, uma canção sua em parceria com a cantora Socorro Lira. Fã da grande artista, Sil se aproximou de Socorro pelas redes sociais durante a quarentena, e desta aproximação nasceu a canção que termina com os versos “dias sem ar... quantos a mais?”.


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A canção é produzida por Amanda Gasparetto e contará com a participação da poderosa voz de Juliana Soul'Za. A música e o videoclipe, produzido pela Orvalho Filmes, tem previsão de lançamento para a primeira semana de abril.


Dia da Mulher


Mesmo em isolamento e ainda se recuperando de uma suspeita de covid-19, a cantora radicada em São Vicente não deixou de lembrar do Dia Internacional da Mulher. Na discussão sobre a luta da mulher dentro da sociedade, refletiu sobre suas antepassadas e também sobre as mulheres que tiveram que enfrentar muitas situações de luta. 


“Não lutaram para trabalhar, não, porque trabalhar foi imposto a elas por questões de classe e raça. Lutaram por moradia digna, pelo direito de poder estudar, lutaram pra romper um ciclo familiar de pobreza”, diz a artista. 


Sil ainda fez questão de reforçar que a luta dessas mulheres foi necessária para que outras tantas tivessem oportunidades como as que ela tem. “Sou uma trabalhadora da cultura, travesti, que repito comigo mesma que não posso esquecer de onde vêm meus pés”, emendou. “Contratem mulheres trans e travestis, chamem pros jobes, nesse sistema em que estamos inserides. Estudo e trabalho são ferramentas de emancipação social”.


Carreira


Maria Sil lançou em 2017 o EP Húmus. Suas letras abordavam questões relativas à sua vivência com o vírus HIV, afetividade LGBTI+, e sua leitura política do Brasil daquele ano. Seu trabalho chegou aos ouvidos de Elza Soares, sendo elogiado pela artista, além de ter sido objeto de análise e citado em trabalhos acadêmicos de universidades brasileiras e do exterior.


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