Espetáculos ganham vida

Lei de incentivo paulista contempla várias produções da região

Por: Egle Cisterna & Da Redação &  -  08/02/21  -  00:53
Guaiá de Todos Nós integra o projeto Burucutu na Praça, da Cia. Burucutu, que é de Itanhaém
Guaiá de Todos Nós integra o projeto Burucutu na Praça, da Cia. Burucutu, que é de Itanhaém   Foto: Divulgação/ Gisele Oliveira

A oferta de espetáculos oferecidos na Baixada Santista – seja no formato presencial ou virtual, quando assim for possível – começa a crescer nos próximos dias e a promessa é que no segundo semestre, com o crescimento da imunização, o número de peças nos palcos da região seja ainda maior. Um dos motivos para essa retomada é o incentivo dado pelo Programa Ações Culturais São Paulo (ProAC-SP), que selecionou vários projetos da região.


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A Cia Arueiras do Brasil, de Praia Grande, por exemplo, teve nove propostas aprovadas pelo programa de fomento do Governo do Estado. Num deles, vai abrir o teatro que o grupo tem, no bairro Sítio do Campo, para que grupos sem espaço se apresentem no local com distribuição gratuita de ingressos.


O grupo vai oferecer ainda, em suas redes sociais, os espetáculos A Casa Divertida da Margarida, A Centopeia Judite, Sonhar, Poupar, Conquistar, A Banda Teatral, além das oficinas Batuque de Cozinha(de percussão), de jogos teatrais e de aulas de teatro gratuitas para adolescentes e adultos com duração de 8 meses.


“Estávamos perdendo a esperança com a arte toda parada. Antes da pandemia, a gente tinha a agenda lotada, com despesas muito altas para manter o espaço. Mas ganhamos novo fôlego quando inscrevemos os projetos e fomos selecionados”, conta Delba Baraldi, que junto com Arlete Ramello, fundou a Cia Arueiras há 30 anos.


Cultura caiçara


Em Itanhaém, a Cia. Burucutu se prepara para encenar Menina Rabecae colocar na rua o projeto Burucutu na Praça. No primeiro, o grupo conta da história da cultura caiçara na visão feminina de uma menina; já na segunda proposta selecionada no ProAC, a intenção é levar, em formato de sarau, várias atividades culturais para praças de toda a região.


“Ainda estamos estudando como executaremos os dois, pois a ideia inicial era ir para as praças públicas. Com a pandemia, ainda estamos sem saber o que fazer, se adaptamos para o virtual”, explica Cristiano Russo, produto da companhia.


O grupo Núcleo de Pesquisa Coletivo Allegro, com sede no Guarujá, deve levar a cultura do café, que vem do interior paulista para o Porto de Santos, de onde o “ouro” negro é exportado. Esse enredo faz parte de Um Dedo de Prosa, que deve ser encenado nas cidades de São Manuel, Agudos, Lins e Guaiçara, que fazem parte daquela que foi a principal região cafeeira do estado no século passado.


“O objetivo é realizar uma pesquisa da cultura popular seguindo a linha do trem, que saia do Porto de Santos até o interior paulista e trazer a relação desse trabalho e trabalhadores dessas fazendas com Santos”, explica o coordenador do projeto, Fernando Rino.


Solitário


O ator e roteirista Bruno Fracchia também trará para o público o monólogo Ato Solitário, que tratada compulsão sexual por pornografia. Além disso, está transformando sua peça Algumas histórias, em homenagem ao ator Paulo José, em um produto audivisual, que deve estrear emseu canal do YouTube, em março.


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