Emanuelle Araújo comenta sobre o carisma da professora que interpreta em 'Malhação: Sonhos'

A atriz e cantora revela estar sendo desafiada a todo instante conferindo a reprise da novela durante a pandemia

Por: Do Estadão Conteúdo  -  15/02/21  -  12:15
“Estamos sendo desafiados a todo instante com cenas difíceis”
“Estamos sendo desafiados a todo instante com cenas difíceis”   Foto: Divulgação

O alto-astral de Emanuelle Araújo é contagiante. Em Malhação: Sonhos, que está sendo atualmente reprisada na Globo, a atriz e cantora empresta seu carisma para a professora de canto Dandara. Na trama, a mãe de João (Guilherme Hamacek) é a grande conselheira dos alunos da Escola de Arte Ribalta e acaba se apaixonando pelo mestre Gael (Eriberto Leão), que não é tão simpático ao universo do teatro.


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Para a intérprete, esse trabalho trouxe a leveza que ela busca na vida, por ter tanto contato com jovens atores. Na entrevista a seguir, a baiana de 44 anos comenta como a jovialidade dos colegas de Malhação: Sonhos a cativou; da responsabilidade de integrar o elenco de atores veteranos de uma produção voltada para adolescentes e da parceria com Eriberto Leão. A atriz também elege qual cena mais deseja rever no folhetim de Rosane Svartman e Paulo Halm. Além disso, Emanuelle afirma que se tornou uma artista mais independente depois de interpretar Dandara, entre 2014 e 2015.


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Fazer um trabalho cercado por adolescentes trouxe novo fôlego na sua carreira?
Totalmente! Temos espírito jovem. O mais interessante é que eles estavam com a paixão do início, a empolgação dos primeiros passos artísticos na televisão. Se a gravação estivesse marcada para 7h da manhã, as pessoas chegavam às 6h30. O QG (quartel general) que o Luiz (Henrique Rios, diretor) criou parecia o nosso fantástico mundo. Ali, existia o lado lúdico do nosso camarim, dos nossos encontros, dava uma apaziguada nas questões de adulto. Tinha a leveza que eu busco na minha vida.


O que mais você se lembra dos bastidores?
Quando estava em contato direto com as pessoas dessa faixa etária, eu segurava a onda para que a Dandara não fosse tão jovem. Afinal, eu e o Eriberto (Leão) tínhamos a marca da maturidade na trama, de colocar ordem no negócio. Mas foi, com certeza, um respiro de paixão e um recomeço. Tudo isso é muito marcante na minha memória.


Como manter esse espírito jovial?
Uma vez, eu estava conversando com o Jards Macalé, grande nome da nossa música popular brasileira, e falei que ele tinha a minha idade ou era mais jovem do que eu. Então, ele me falou que era para colar na rapaziada, porque é aí que as coisas acontecem. Acho que foi isso que ocorreu comigo na Malhação, com o Eriberto (Leão), o Leo (Jaime), enfim, um elenco de unicidade e amor.


Qual cena de Malhação: Sonhosvocê mais quer rever?
A cena da Dandara e do Gael cantando Chico Buarque. Vivemos um musical, o que era sensacional, pois a Dandara cantava a todo instante. Nessa cena específica, nós fizemos ao vivo no set. Foi muito forte, coisas que a arte nos dá. A gente salta desse abismo que é viver outra pessoa e sente o desligamento total de tudo. Houve momentos gravados na minha carreira em que consegui dar esse voo, mas não é sempre. Dessa vez, sentimos aquele casal e foi emocionante para mim. Aproveito para agradecer a conexão que tive com o Eriberto. Existe uma responsabilidade para nós, que somos os experientes, mas estamos sendo desafiados a todo instante com cenas difíceis.


Essa temporada de Malhação fala sobre sonhos. Você conseguiu alcançar quais objetivos de 2014 pra cá?
Sempre tive um grande sonho, que foi viver a arte de uma maneira muito coletiva. E pude realizar esse objetivo também dentro da TV, em Malhação: Sonhos. Tinha a sensação do teatro na televisão. Isso me fez tão preenchida que, a partir dali, me tornei uma artista mais independente. Depois desse sonho preenchido, parti para lugares muito mais pessoais, como meu primeiro disco solo, por exemplo. Esse caminho mais independente veio depois da completude de um coletivo que encontrei na Malhação, com uma turma que me alavancou em sentidos mais pessoais e individuais da minha carreira.


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