Caetano Veloso recorrerá da decisão que absolveu o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP) das queixas-crimes feitas por calúnia, difamação e injúria. A deliberação foi feita pelo juiz Nelson Ferreira Junior, da Justiça do Distrito Federal. Segundo o magistrado, as manifestações do deputado fazem parte do "exercício legítimo da liberdade de criticar".
A queixa trata de declarações feitas por Marco Feliciano contra o cantor nas redes sociais, em 2017. O deputado pedia prisão de Caetano por estupro e pedofilia, dizendo que o músico teria abusado de Paula Lavigne, com quem depois se casou. Quando ficaram juntos pela primeira vez, a ex-atriz tinha 13 anos e Caetano tinha 40.
A defesa do cantor relata que os ataques feitos por Feliciano tiveram efeito de linchamento público da imagem de Caetano. "As ofensas disparadas pelo deputado nunca tiveram o intuito de criticar ou de propor qualquer debate. São ataques pessoais, reiterados, que têm por efeito, isso sim, um linchamento público da imagem de Caetano Veloso, como forma de obter maior visibilidade", dizem os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.
Os advogados acrescentam que "não se pode aceitar como livre exercício do direito de crítica a atitude de quem usa o outro para alavancar popularidade, imputando-lhe falsamente crime e atos infamantes, tornando a si e à sua família alvo de seus seguidores, algo que acontece nos últimos cinco anos".
*Com informações do jornal O Globo e do Metrópoles