Banda Velhas Virgens homenageia Van Halen no ritmo da marchinha de carnaval

Logo na introdução, a música presta homenagem a Roy Orbinson, com uma versão carnavalesca de Pretty Woman

Por: Beatriz Viana  -  13/02/21  -  10:20
Apesar da pandemia, banda tenta manter o alto-astral
Apesar da pandemia, banda tenta manter o alto-astral   Foto: Rafa Rezende/Divulgação

Aí vai ser Carnaval o ano inteiro/Fevereiro a fevereiro/Nada pode me parar/Nem a falta de dinheiro. Mesmo com o isolamento, o clima de folia não pode parar e com a nova marchinha do Velhas Virgens, a diversão é garantida, mesmo dentro de casa.


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Segundo Ale Cavalo, a ideia para a composição veio de uma fala de sua esposa, Juliana. “Ela disse que assim que saísse a vacina, ia pro Carnaval e não voltava mais. ‘Dane-se o dinheiro, dane-se tudo, vambora!’”, brincou.


Logo na introdução, a marchinha presta homenagem a Roy Orbinson e Van Halen, com uma versão carnavalesca de Pretty Woman. “Juntamos a loucura toda. Tem guitarra misturada com solo de cuíca; no Carnaval a gente pode fazer o que quiser, né?”.


A faixa é crítica e bem humorada, como toda composição da Velhas. Porém, foi desafiador manter os ânimos durante a pandemia. “A gente conversa muito sobre tristeza. São três coisas diferentes: o que eu penso, o que o Paulão [de Carvalho, vocalista] pensa e o que a banda é. Quase tudo que escrevo tem sido muito deprê, mas a Velhas não é assim. É uma coisa bem humorada, mesmo quando a gente está deprê. Tentamos tirar um sarro da nossa própria depressão”.


O otimismo por um futuro próximo sem covid-19 é o que sustenta a canção. “Essa música é triste porque a gente só vai poder voltar pra rua quando se vacinar, e ao mesmo tempo é feliz, porque quando a gente for pra rua não volta. Vou pro bar e não volto mais! (risos)”. O último show presencial da banda foi justamente no Carnaval passado, e a saudade do presencial aperta cada vez mais.


“Um ano depois estou meio que acostumado [com a pandemia], me adaptei, mas sinto muita falta de show. Acho que todo mundo sente. A gente fez uma live pra rádio, conversamos com a galera, mas nada substitui o presencial”, desabafa. Na pandemia, a banda lançou novos trabalhos. Em seu 19º disco de carreira, O Bar Me Chama, ela tenta ser positiva diante de um momento crítico.


“Muitos amigos músicos tão sofrendo demais. Quando acabar a pandemia, qual contratante vai estar vivo também? Será que você vai ter onde tocar de novo?”, lamenta Ale.


Enquanto o isolamento continua, o Carnavelhas, bloquinho de rua que já é tradição da banda em São Paulo, também será feito de casa. A live será dia 23, às 18h, integrando o Festival Tô Me Guardando, promovido virtualmente pela Prefeitura de São Paulo.


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