Nesta semana, a Companhia Apocalíptica de teatro divulgou por meio de transmissão ao vivo em seu perfil no Instagram os selecionados para o 2ºFestFIM– Festival de Artes doFimdo Mundo. Entre eles, encontra-se oprojeto Com quantos "ismos" uma mulher escreve Brasil, daCia. Poleiro dos Anjos, de Praia Grande.
O projeto foi selecionado para concorrer na categoria Estreia Solo. Ao todo, 19 projetos foram selecionados entre 676 inscritos de 83 cidades em todo o estado de São Paulo. A curadoria foi realizada por Jesser de Souza, da LUME Teatro, Juliana Calligaris, da Cia. Trilha das Artes e Lawrence Garcia, diretor da Cia. Apocalíptica.
O festival bateu recorde de inscrições nesta edição e se consolida como um dos maiores festivais de artes integradas online do Brasil. Segundo seus curadores, tem sido um movimento emocionante. "Fico honrado e lisonjeado de fazer parte dessa história e desse momento", diz Jesser.
O Festival é uma realização da Cia. Apocalíptica, comtemplado pela Lei Aldir Blanc, por meio do ProAC Expresso Lab, e acontece em março com cerca de 100 horas de atividades. A maratona cultural online estará disponível ao público pelo site da Cia. Apocalíptica e seus canais nas redes sociais.
Projeto
Com quantos "ismos" uma mulher escreve Brasil conta a história de uma mulher em meio a um experimento sócio-político contextualizado pela opressão estrutural, englobando questões como fascismo, machismo, capitalismo, racismo, entre outros. Sob o olhar feminino, o projeto revela as faces de medo, revolta, desespero, coragem e perserverança que permeiam a realidade feminina em nossa sociedade.
Para a atriz Raphaela de Carvalho, que integra a companhia, a seleção foi uma alegria imensa. "Acompanhei o festival no ano passado e achei incrível. Para mim é muito simbólico estar nessa grade de apresentações, pois foi em Rio Preto que virei atriz e foi onde aprendi toda a minha base artística. Hoje moro em Praia Grande com minha filha e se não fosse esse processo online, talvez nem conseguiria estar presente no festival", conta.
Raphaela pensa que em tempos de pandemia, os festivais online são a melhor forma de manter a cultura viva. "Em um ano pandêmico, onde tantos perderam tudo, vi um crescimento fantástico de mobilizações não governamentais para fomentar a cultura através de festivais, atividades formativas e premiações, que ajudaram muitos artistas nesse momento".